Eu, que sou um sujeito democrático, resolvi ouvir a voz do povo. Esta é, portanto, a nova enquete, que já está no ar.
Confesso que, desde criança, sonho escrever um livro. Mas nunca me achei um cara capaz. Comecei a rever minha posição depois que a Bruna Surfistinha se tornou um sucesso editorial. Pensei: “Porra, se ela que é puta conseguiu lançar um monte de livros, eu que sou jornalista também consigo. Não acho que as putas sejam melhores ou mais capazes que os jornalistas”. Desde então, passei a confiar mais em meu potencial literário.
Se a idéia do livro vencer a enquete, prometo até fazer um lançamento minimamente decente da obra numa livraria. É claro que será um evento bem modesto, sem o furor e o glamour de um lançamento de livro do Chico Buarque. Não esqueçam que sou um jornalista bem pobre (desculpem a redundância). Mas garanto, ao menos, um prosecco ordinário e baconzitos genéricos. O Nestor poderá estar presente ao evento, desde que prometa, é claro, não fazer xixi na estante de livros de auto-ajuda. Votem em mim!
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Atire o primeiro bloquinho de anotações ou gravador o jornalista quem nunca deu uma carteirada na vida. Quem, em seu dia de folga, nunca disse “tô trabalhando, meu amigo, tô trabalhando” com aquela preciosidade plastificada da Fenaj nas mãos? A enquete que acabou de acabar – Qual a prática mais comum adotada por um jornalista para levar vantagem financeira? – teve a vitória da opção “Dar carteirada para entrar em algum evento sem pagar”, com 45% dos votos. A alternativa “Ir a uma boca-livre para economizar a grana do almoço (do jantar, café da manhã)” ficou em segundo, com 33%.