Muitos jornalistas têm uma dificuldade enorme em dominar a economia doméstica. Não entendem sequer a equação “salário de fome + gastos excessivos = cheque especial”. Compreender o complexo cenário macroeconômico brasileiro ou mundial, então, torna-se missão duríssima. Ignorância é um fator que inibe muito jornalista de trabalhar na área. É mais fácil questionar o Dunga, que escalou o Josué, do que criticar os caras do Copom, com seus vieses de alta e baixa. A recém-encerrada enquete – Qual a editoria mais chata para um jornalista trabalhar? – teve vitória folgada de “Economia”, com 42% dos votos.
Quando a última grande crise financeira estourou nos Estados Unidos e no mundo, muito jornalista ficou com cara de “o que é subprime?” ou “que porra é essa de derivativo?”. Com certeza, teve jornalista que pensou que o Lehman Brothers era um grupo de rap ou uma companhia circense. Trabalhar em Economia exige dedicação, estudar diversos assuntos e, principalmente, ler bastante o próprio noticiário de Economia e conversar com quem entende. É por esta razão que é tida como uma editoria chata.
Lembro-me muito bem de uma jornalista foca, que manjava pouco de Economia. O máximo a que estava acostumada neste campo era fazer a gestão dos trocados que recebia mensalmente, que ela carinhosamente chamava de salário. Fazia contas simples, para saber, por exemplo, a miséria que seria destinada a pagar o aluguel ou às viagens de ônibus. Quando foi parar no caderno de Economia, mal sabia a diferença de milhões, bilhões ou trilhões. Teve de começar a perceber a grandiosidade dos zeros à direita.
Mas ela aprendeu tudo sobre os zeros à direita. E sobre muitas outras coisas mais. Hoje, domina vários assuntos econômicos. No auge da crise, era ela quem explicava aos jornalistas mais jovens da redação o que era a porra do derivativo. Mas, apesar da evolução de seu conhecimento, ela continua cometendo um erro básico, pois não aprendeu que “salário (ainda) de fome + gastos excessivos = cheque especial”.
A nova enquete, já no ar, quer saber qual a maior roubada para um jornalista na cobertura de uma eleição. Falar bem do “candidato do jornal” para manter o emprego? As velhas ladainhas dos políticos? Acompanhar um comício na PQP no domingo que seria de folga? A eleição está aí. Não deixe de votar!
Para mim sem dúvida o pior de eleições é cobrir os tais comícios na PQP em domigos que 'seriam' de folga. Em 2008 trabalhei 10 MESES sem folga! 10 MESES! De domingo a domingo! E o Lula no palanque fazendo piadinhas com o Frank Aguiar... Ô vida!
ResponderExcluiroq é derivativo????? rsrsrsrsrsrs
ResponderExcluirA questão da editoria de economia é q só sai da rotina quando tem crise, se ñ é as mesmas pautas sempre. Inflação, juros e por ai vai...
Eu gosto de Economia... bem, mas talvez seja por que meu professor de Economia seja maluquinho. Um professor que começa aula com clipes da Beyonce nao é [adoravelmente] maluquinho? Impossivel nao gostar de Economia (mesmo que eu nao entenda muito)
ResponderExcluirEu confesso que sempre odiei matemática, fisíca, química e tudo que envolvesse números. Mas economia aparecerá no meu caminhos nos próximos semestres. Sinto que serão aulas de cochilo..rsrs Bjs Duda.
ResponderExcluirTalita, depende de como é ministrada a aula de economia. eu gostei do modo como minha professora conduziu o assunto, sem sem limitar ao economês, mas com exemplos práticos,com coisas do nosso cotidiano. quando fica no economês é um saco mesmo!não sei como uma amiga minha adora trabalhar com economia....
ResponderExcluirDerla, comício com o Frank Aguiar deve ser duro de suportar. O bom é que, enquanto discursa, ele não canta.
ResponderExcluirDaniel, concordo com você. E esta mesmice também pode ser aplicada a outras editorias.
BitterSweet, legal te ver de volta ao blog. Só estou tentando imaginar como é uma aula de Economia misturada com clipes da Beyonce!!!
Talita e Laís, nunca tive nada contra as aulas de Economia. Graças a elas, me tornei um exímio jogador de truco. Na verdade, o chato mesmo é o economês.
Abraços a todos.