Jornalista vive sem plano de carreira, sem reajuste salarial decente, sem folga, mas jamais viveria sem a máquina de café por perto. A máquina de café deveria ser tombada como patrimônio histórico da redação. Não é um simples objeto inanimado. Faz parte de nossa equipe de trabalho, fiel e companheira, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na pobreza... e na pobreza dos jornalistas, todos os dias, a qualquer hora.
A máquina de café é inspiradora. Tem um poder milagroso de acabar com os nossos bloqueios criativos. Ao seu lado, nascem idéias de pauta, de leads, de manchetes. A máquina de café é fonte de energia para quem vai enfrentar um longo pescoção, reduto de peregrinação constante dos que estão com os olhos quase fechando de sono, mas ainda têm muito a escrever antes de partir.
A máquina de café é ponto de encontro dos colegas de redação, para relaxar a mente, dar aquela alongada no corpo sedentário, rir à vontade, fofocar, paquerar, desabafar, mandar o chefe FDP para a PQP. Quem disse que jornalista não tem vida social? E o melhor: ao contrário dos motoristas de jornal, as máquinas de café são confiáveis, escutam tudo e não ficam espalhando a intimidade alheia por toda a redação.
A máquina de café é imexível, como diria aquele antigo ministro do Trabalho. É um direito adquirido pelos jornalistas. Que nenhum dono de periódico ouse retirar uma máquina de café de uma redação. Seria uma afronta, o mesmo que um diretor de presídio proibir a visita íntima aos encarcerados. Sem a máquina do café, os jornalistas se rebelariam. Ficariam amotinados, ameaçariam colocar fogo em suas mesas, seqüestrariam os assessores de imprensa que estivessem no local e matariam um por um, a cada 30 minutos, começando pelos mais chatos.
Adorei a citação dos motoristas... a mais pura realidade!
ResponderExcluirE você acredita que no jornal onde eu trabalho o superintendente tirou a máquina do café dos jornalistas? Foi na época da tal da crise econômica e a gente estava gastando muito com o café, veja bem. No lugar da máquina, ganhamos o café manual da Dona Maria. Não é o expresso, mas é mais caseiro e houve a redação aceitou sem mais rumores. Afinal, jornalista se acostuma com tudo! Mas, a máquina do diretor continua lá, no andar de cima.
ResponderExcluireu não consigo viver sem café, meu querido e adorado companheiro :)e isso não é só no trabalho, mas em casa também (e bem menos doce...)
ResponderExcluirenão amos celebrar o dia mundial do cafezinho, pra quem gosta ainda tem aquele cigarrinho.
ResponderExcluirAmantes do cafezinho (e do cigarrinho), obrigado pelas mensagens!
ResponderExcluirMaria Fernanda, organize com seus amigos de redação um grupo chamado MSMC (Movimento dos Sem Máquina de Café). Invadam a sala do diretor e seqüestrem a máquina dele. E jamais a devolvam. No máximo, permitam a ele algumas visitas da Dona Maria.
Beijos e abraços a todos.
Trabalho em uma redação newsroom e não sei até hoje o que é uma cafeteira numa redação... Sinto muita falta... Temos que ir tomar na lanchonete. Sem graça =/
ResponderExcluirFATO!
ResponderExcluirMuito bom, mas muito bom!!!
ResponderExcluirMuito legal o seu texto! E na boa, a máquina de café não é fundamental só para os jornalistas. Para os bibliotecários ela (ou msm uma garrafa de café na copa da biblioteca rs) é de extrema importância.
ResponderExcluirAos jornalistas. Aos bibliotecários. É, meus amigos, a máquina de café é indispensável. Abraços.
ResponderExcluirAproveitando a reverência, vou tomar o café.
ResponderExcluir"Na pobreza... e na pobreza!" kkkkk. Muito bom. O que seria de nós sem o bom e velho cafezinho de sempre? Parabéns Duda, Adoro o blog!
ResponderExcluirAdorei o texto!
ResponderExcluirFica uma dica para quem quiser:
www.cafecommusicadaboa.blogspot.com
Espero que gostem.
Funcionários públicos também não vivem sem a máquina-de-café.
ResponderExcluirAdorei a parte de que ela é companheira fiel. Quando todo mundo já largou, ou quando ninguém chegou ainda (você chegou mais cedo pra acabar aquela matéria especial), ela sempre está lá. <3
ResponderExcluirOi, Cleigiane, vou visitar o blog.
ResponderExcluirAbraços a todos.
O pretinho básico realmente faz parte de nossa equipe de trabalho..."na pobreza dos jornalistas, todos os dias, a qualquer hora".
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