Há quem acredite que o jornalista, por ter a cabeça mais aberta, trata algumas questões com naturalidade. Bobagem. A homossexualidade, por exemplo, ainda é um tema tabu. Na mesa do bar, quando não estão falando da matéria do dia, filosofando ou reclamando do salário, muitos jornalistas costumam discutir a orientação sexual dos colegas. Dos que não estão presentes, claro.
Raphael: E aquele jornalista novo de música, hein? Bichona total.
Daniela: Ai, Rapha, nada a ver! Só porque ele é do Caderno de Cultura?
Raphael: Dani, é óbvio que ele é viado. Não é tão exagerado quanto o cara lá que cobre teatro, mas é viado. Vocês não viram as roupas justinhas? E aquele All Star vermelho?
Bruno: Peraí, eu também uso roupa justa e não sou gay!
Luís: Ah, Bruno, você eu também não sei, não... (risos)
Raphael: Gente, não é só a roupa. Vocês não leram o texto dele sobre a Lady Gaga? Numa parte lá, o cara usou a palavra “divina”. É ou não é viado?
Daniela: Me disseram que ele é sensível. Só isso. É tão raro ver homem sensível hoje que todo mundo já pensa que é gay.
(O garçom chega com a porção de batata frita)
Luís: Preciso contar uma coisa pra vocês: dia desses lá no café, eu ouvi um papo dele com aquela amiga dele do Roteiro Cultural, a esquisita, sabem?
Raphael: E aí, Luís? Aproveita e passa o sal.
Luís: (passando o sal) Ele dizia à esquisita que estava “amando horrores” a biografia do Ricky Martin. Na boa, isso depõe muito contra o cara.
Bruno: Porra, depõe mesmo, Luís. Se ele não é gay, já foi em alguma encarnação passada.
(Risos gerais)
Daniela: Agora, gente, sem maldade, aquela amiga dele do Roteiro Cultural cola um velcro forte, hein? Putz, meu, certeza!
São raros os jornalistas que não comentam a sexualidade alheia. Lembro-me de um editor que, toda vez que era perguntado sobre a chance de fulano ou sicrano ser gay, tinha uma resposta pronta. E cruel. “Eu que vou saber? Não sou fiscal de cu”.
"Fiscal de cu" é ótima! Hahaha... realmente, no nosso meio jornalístico tem de tudo, mentes abertas e outras "fechadas" mesmo! E a maledicência e especulação sobre a vida alheia sempre tem lugar! =P Post legal. Gostei da inclusão do diálogo.
ResponderExcluirZé Bob escorrega. Fato.
ResponderExcluirEu que vou saber? Não sou fiscal de cu”
ResponderExcluirAHAHAA. genial!
antes fosse só no jornalismo
ResponderExcluirO Robson é o namorado do zé? sabia...
ResponderExcluirquem dera acontecesse isso no meio jornalístico...uma vez, quando fui contratar um estagiário, meu chefe falou q era pra eu escolher outro porque "aquele lá" praecia que era gay e ia pegar mal pra área.... lamentável...
ResponderExcluirGostei da resposta do editor... kkkkkkkkkkkkkkkkkkk e eu que vou saber é? rs
ResponderExcluirVou adotar a resposta do editor pra minha vida! Galera que se aproiveita do meu gaydar pra sair paquerando pelos cantos... Agora já sei o que dizer! Rá!
ResponderExcluirEsse lance de homosexualismo tá tão disseminado, que já tem estudioso reclassificando como terceiro sexo o sexo masculino.
ResponderExcluirMas o que dizer de um mundo onde o Cat chupa, o judeu, o Tadeu, o Amadeu, o Cond´eu, o pessoal de Avanhandava e a turma de Quixadá?
"(O garçom chega com a porção de batata frita)"
ResponderExcluirHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA....
Jornalista gosta duma maledicência. E como gosta! Abraços.
ResponderExcluirOh, o que mais se enxerga numa redação de jornal é gay. Loucura do jornalista que demonstrar-se um homofóbico!
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