Ato 1 – Que dia perfeito
- A matéria já está pronta, editor. Que matéria, que manchete! Vou arrebentar!
- Ótimo, Luís. Já estamos fechando o jornal.
- Eu sou foda, editor!
- Você é foda, Luís Cláudio! O melhor repórter que eu já conheci.
- Que dia perfeito!
- Preparado para logo mais, para receber o prêmio?
- Claro que estou, editor. Não é sempre que se ganha um Esso, né? E melhor: minha mulher e meu filho estarão presentes.
- Parabéns, Luís, parabéns!
Ato 2 – Pra que tudo isso?
- Vamos, filho, já está em cima da hora. Seu pai não vai gostar se chegarmos atrasados para a premiação. Ele sempre sonhou com esse Esso.
- Mãe, eles não vão começar a premiação sem a gente.
- Corre, Júnior. Não quero deixar o seu pai esperando.
- Não quero colocar terno, mãe. Pra que tudo isso?
- Coloca o terno rápido. Seu pai vai ficar feliz de te ver de terno.
Ato 3 – O grande momento
- Oi, doutor, como o Luís está?
- Ele está muito bem hoje, dona Carmem. Nem precisamos entrar com a medicação mais pesada.
- Que bom, doutor. Então, pode dizer a ele que nós já chegamos.
- Se a senhora e o Júnior quiserem, podem ir para a sala aqui ao lado. Os enfermeiros já estão todos lá. São eles que vão participar da cerimônia de entrega do prêmio a seu marido.
- Vamos, sim, doutor.
- Dona Carmem, só mais uma coisa: a partir de agora, não sou mais o doutor, OK? Sou o editor.
Que triste... Mas como sempre, sensacional!!
ResponderExcluirProvas mais que evidentes de que o jornalismo, assim como qualquer outra droga que traga prazer, também pode levar à loucura!
ResponderExcluirQue louco!
ResponderExcluirlindo! lindo mesmo!
ResponderExcluirBastante criativo. Simples e elegante.
Abraço,
Gustavo
Cara, isso parece o roteiro do filme "Ilha do Medo"
ResponderExcluirMuito legal (porque não é comigo hehehe)!
Raysa, Julian, Roberta, Gustavo e Banlieue, valeu pelas mensagens! Abraços.
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