terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Outras desilusões risíveis


A gente se desilude com a profissão, com o amor, com o time do coração, com o governo, com a vida. Desilusão é algo inerente ao ser humano, assim como a vontade de falar mal do Big Brother. A desilusão machuca, porque é atrito entre os nossos sonhos mais lindos com o mundo mais perfeito e a realidade dura.

Antes, eu botava a culpa em Deus. Custava ter criado um mundo perfeito? É o que dá fazer tudo nas coxas, em seis dias. Meta de produtividade e deadline são coisas do capeta. Deus poderia ter levado, sei lá, uns dois ou três meses, com direito a descansar sábados, domingos e, com sorte, algum feriado prolongado.

Não, a culpa não é d’O Apressadinho. A graça da vida e do mundo é justamente a imperfeição. A desilusão, assim como a perda e a dor, suas primas de primeiro grau, pode significar um recomeço, a chance de uma reconciliação.

Há cinco anos, escrevo sobre desilusões e reconciliações da vida de jornalista. Com bom humor. Fico feliz quando alguém manda uma mensagem dizendo que texto ou outro lhe deixou com um sorriso no canto da boca. Rir do que é ou está desajustado é terapêutico.

A partir de hoje, começarei a escrever também sobre outras pedras em outros caminhos. Sobre outras desilusões risíveis, de gente variada, inclusive jornalistas. E, claro, seguirei escrevendo sobre o Jornalismo, com quem tenho uma ligação quase sexual.

Se Deus tivesse buscado a perfeição, ainda que na correria dos seis dias, não haveria as merdas do mundo e sem as merdas do mundo não haveria o riso. E tudo seria muito chato.


Já comprou o livro do Duda Rangel? Conheça a loja aqui, curta, compartilhe. Frete grátis para todo o Brasil.

Curta a página do blog no Facebook aqui.