terça-feira, 29 de julho de 2014

Técnicas jornalísticas aplicadas ao amor


Jura que você tá me pedindo em casamento? Faz o seguinte: pede de novo que agora eu vou gravar. Pra não ter erro, pode ser? Porque amanhã você não vai poder dizer que não disse o que disse, entende? Porque fonte adora fazer isso. Aiii, amor, jura mesmo? Te adoro, sabia? Vai lá então, pode começar que eu já apertei o REC.

Isso, o Danilo, namorado da Cynthia, tudo bem? Então, hoje pela manhã, a Cynthia falou assim “eu te amo, Dan” e, como a gente não pode acreditar em tudo que ouve, eu queria checar com você que é a melhor amiga dela se é verdade. Ela já comentou isso com você alguma vez, já falou tipo assim “o Dan é o cara da minha vida”? Sei. Ah, falou que não saberia viver sem mim? Ótima informação! O que mais? Pode falar que eu tô anotando.

Ah, então o senhor foi à festa das piriguetes ontem? E foi lá fazer o quê? Safado! E quem você queria encontrar? Hein? Até quando você ficou lá? Diz! E onde você dormiu depois? Senta aí, seu canalha, que eu ainda nem te perguntei o “como” nem o “por quê”!

Então, eu saí com a menina, levei pro motel, mas na hora H o negócio não cresceu. Parecia piso de 5 horas do interior, sabe? Uma vergonha! Só estou te contando isso, porque tu é brother, mas, ó, é off, hein? Se tu espalhar a notícia por aí, te meto um processo por difamação. E umas porradas.

Oi, querido, eu acabei de te mandar por e-mail um release com uma declaração de amor minha a você. O lead tá lindo! Ah, e mandei também uma foto da gente se beijando em 300 dpis. Você pode verificar, por gentileza, se você recebeu?


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Um comentário:

choco disse...

soltar palavras é mesmo a melhor terapia