sexta-feira, 18 de junho de 2010
A máquina de café
A máquina de café é inspiradora. Tem um poder milagroso de acabar com os nossos bloqueios criativos. Ao seu lado, nascem idéias de pauta, de leads, de manchetes. A máquina de café é fonte de energia para quem vai enfrentar um longo pescoção, reduto de peregrinação constante dos que estão com os olhos quase fechando de sono, mas ainda têm muito a escrever antes de partir.
A máquina de café é ponto de encontro dos colegas de redação, para relaxar a mente, dar aquela alongada no corpo sedentário, rir à vontade, fofocar, paquerar, desabafar, mandar o chefe FDP para a PQP. Quem disse que jornalista não tem vida social? E o melhor: ao contrário dos motoristas de jornal, as máquinas de café são confiáveis, escutam tudo e não ficam espalhando a intimidade alheia por toda a redação.
A máquina de café é imexível, como diria aquele antigo ministro do Trabalho. É um direito adquirido pelos jornalistas. Que nenhum dono de periódico ouse retirar uma máquina de café de uma redação. Seria uma afronta, o mesmo que um diretor de presídio proibir a visita íntima aos encarcerados. Sem a máquina do café, os jornalistas se rebelariam. Ficariam amotinados, ameaçariam colocar fogo em suas mesas, seqüestrariam os assessores de imprensa que estivessem no local e matariam um por um, a cada 30 minutos, começando pelos mais chatos.
17 comentários:
- Flávia Romanelli disse...
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Adorei a citação dos motoristas... a mais pura realidade!
- 18 de junho de 2010 às 12:18
- Maria Fernanda Ribeiro disse...
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E você acredita que no jornal onde eu trabalho o superintendente tirou a máquina do café dos jornalistas? Foi na época da tal da crise econômica e a gente estava gastando muito com o café, veja bem. No lugar da máquina, ganhamos o café manual da Dona Maria. Não é o expresso, mas é mais caseiro e houve a redação aceitou sem mais rumores. Afinal, jornalista se acostuma com tudo! Mas, a máquina do diretor continua lá, no andar de cima.
- 18 de junho de 2010 às 15:46
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eu não consigo viver sem café, meu querido e adorado companheiro :)e isso não é só no trabalho, mas em casa também (e bem menos doce...)
- 19 de junho de 2010 às 00:35
- Endim Mawess disse...
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enão amos celebrar o dia mundial do cafezinho, pra quem gosta ainda tem aquele cigarrinho.
- 19 de junho de 2010 às 09:34
- Duda Rangel disse...
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Amantes do cafezinho (e do cigarrinho), obrigado pelas mensagens!
Maria Fernanda, organize com seus amigos de redação um grupo chamado MSMC (Movimento dos Sem Máquina de Café). Invadam a sala do diretor e seqüestrem a máquina dele. E jamais a devolvam. No máximo, permitam a ele algumas visitas da Dona Maria.
Beijos e abraços a todos. - 21 de junho de 2010 às 10:33
- Deyvison Roberto - J.Rede disse...
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Trabalho em uma redação newsroom e não sei até hoje o que é uma cafeteira numa redação... Sinto muita falta... Temos que ir tomar na lanchonete. Sem graça =/
- 22 de agosto de 2010 às 21:30
- Camila Sol disse...
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FATO!
- 4 de novembro de 2010 às 15:36
- Rejane Borges disse...
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Muito bom, mas muito bom!!!
- 5 de novembro de 2010 às 16:11
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Muito legal o seu texto! E na boa, a máquina de café não é fundamental só para os jornalistas. Para os bibliotecários ela (ou msm uma garrafa de café na copa da biblioteca rs) é de extrema importância.
- 5 de novembro de 2010 às 16:15
- Duda Rangel disse...
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Aos jornalistas. Aos bibliotecários. É, meus amigos, a máquina de café é indispensável. Abraços.
- 8 de novembro de 2010 às 17:40
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Aproveitando a reverência, vou tomar o café.
- 3 de janeiro de 2011 às 11:06
- Ellen Dias disse...
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"Na pobreza... e na pobreza!" kkkkk. Muito bom. O que seria de nós sem o bom e velho cafezinho de sempre? Parabéns Duda, Adoro o blog!
- 1 de março de 2011 às 15:37
- Gigi Borges disse...
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Adorei o texto!
Fica uma dica para quem quiser:
www.cafecommusicadaboa.blogspot.com
Espero que gostem. - 1 de março de 2011 às 15:40
- Wallison Mata disse...
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Funcionários públicos também não vivem sem a máquina-de-café.
- 1 de março de 2011 às 16:02
- Márcia disse...
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Adorei a parte de que ela é companheira fiel. Quando todo mundo já largou, ou quando ninguém chegou ainda (você chegou mais cedo pra acabar aquela matéria especial), ela sempre está lá. <3
- 2 de março de 2011 às 09:18
- Duda Rangel disse...
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Oi, Cleigiane, vou visitar o blog.
Abraços a todos. - 7 de março de 2011 às 22:30
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O pretinho básico realmente faz parte de nossa equipe de trabalho..."na pobreza dos jornalistas, todos os dias, a qualquer hora".
- 25 de maio de 2011 às 13:20