sexta-feira, 28 de outubro de 2011

96,7% dos jornalistas adoram um número


A greve, que já dura 11 dias em 15 Estados, atinge 80% dos bancários, que pedem reajuste de 12,4%. Em 9 meses, Lei Seca diminui mortes no trânsito em 30%. O planeta chega a 7 bilhões de habitantes. Brasil ocupa o 69º lugar no ranking mundial da corrupção. Cantora Gretchen se casa pela 17ª vez. Em 14 dias, Mostra de Cinema vai exibir 297 filmes de 55 países em 22 salas. Túlio Maravilha faz o gol de número 973 de sua carreira. Com investimentos de R$ 60 milhões, nova fábrica vai gerar 2.000 empregos diretos. Ex-dançarina do Bonde das Cachorras turbina seios com 450 ml de silicone. O motorista que causou o acidente dirigia um Z45i, com motor de 440 cavalos, que vai de 0 a 100 em 3.8 segundos e tem velocidade máxima de 315 km/h. Nana Gouvêa é capa da Sexy pela 15ª vez. Tomar 3 xícaras de café por dia reduz em 20% o risco de você dormir num pescoção. Tomar 3 xícaras de café por dia aumenta em 20% a chance de você não ter dentes 100% brancos. 70% dos brasileiros entre 15 e 24 anos passam de 6 a 8 horas por dia na internet – 60% navegam por redes sociais, 38% visitam sites de sacanagem e 2% fazem pesquisa escolar. Terremoto e tsunami no Japão deixaram 5.178 mortos e 8.606 desaparecidos, com custo de US$ 309 bilhões à economia do país; Viaje para Paris gastando apenas 10 euros por dia. Cantor Fábio Júnior se casa pela 13ª vez.

78% das pessoas que lerem este post vão se ligar que o jornalismo está muito, muito desumano.

13 comentários:

Maria disse...

É que fica parecendo mais inteligente kkkkkkk

Johann Barbosa disse...

E eu que achei ter seguido no jornalismo por não gostar de números. Parece que estão mais presente do que imaginava...heheh!

Ewerton Martins disse...

Para mim, é mais porque jornalista é meio que mulher de malandro: adora os números mais porque por natureza apanha deles diariamente.

João Damasio disse...

jornalismo é uma coisa estranha né não?
não é escritor, mas vive de escrever;
num é pastor, mas vive anunciando fim do mundo;
odeia matemática, mas só fala por meio de números;
num tem tempo pra nada, mas sempre da uma boa passada pelo Desilusões perdidas, em 99,9899189% dos dias.

Beatriz disse...

Cadê o botão curtir?

Anônimo disse...

Campo Grande não foge à regra. Regra besta, registre-se. O mundo não se resume a números, nem os títulos. Siglas, então, afe!!!

Anônimo disse...

Ainda os númeross: e o verbo atingir, então, é um caos. Tudo atinge, nada mais se alcança. Ô pobreza! No fechamwento, lá naquele vibrante "Jornal de Brasília", o saudoso Zé Luiz Oliveira também encasquetava com as meninas: "Missa não se realiza; missa é celebrada".
Pô!

Anônimo disse...

Faço parte dessa estatística. Adoro um número. Me realizo com uma estatística, uma tabela e tambem adoro a chance de humanizar esses números. É Exatas e humanas comungando com o jornalismo...

A Viajante disse...

100% de chance de eu (continuar a)gostar disso aqui. E pra sempre, mesmo que minha morte anunciada seja em 2012, com o fim do mundo.

Duda Rangel disse...

Os números ganham espaço nos jornais. São informativos, sem dúvida, mas bastante frios. E os personagens, coitados, ficam cada vez mais escondidos em nossos textos.
Abraços.

Anônimo disse...

gênio!

Duda Rangel disse...

Valeu, Marina. Beijão.

Nida disse...

Les grandes personnes aiment les chiffres

"J'ai de sérieuses raisons de croire que la planète d'où venait le petit prince est l'astéroïde B 612. Cet astéroïde n'a été aperçu qu'une fois au télescope, en 1909, par un astronome turc.

Il avait fait alors une grande démonstration de sa découverte à un Congrès International d'Astronomie. Mais personne ne l'avait cru à cause de son costume. Les grandes personnes sont comme ça. Heureusement pour la réputation de l'astéroïde B 612 un dictateur turc imposa à son peuple, sous peine de mort, de s'habiller à l'Européenne. L'astronome refit sa démonstration en 1920, dans un habit très élégant. Et cette fois-ci tout le monde fut de son avis.

Si je vous ai raconté ces détails sur l'astéroïde B 612 et si je vous ai confié son numéro, c'est à cause des grandes per­sonnes. Les grandes personnes aiment les chiffres. Quand vous leur parlez d'un nouvel ami, elles ne vous questionnent jamais sur l'essentiel. Elles ne vous disent jamais : « Quel est le son de sa voix? Quels sont les jeux qu'il préfère? Est-ce qu'il collectionne les papillons? ». Elles vous demandent : « Quel âge a-t-il? Combien a-t-il de frères? Combien pèse-t-il? Combien gagne son père? » Alors seulement elles croient le connaître. Si vous dites aux grandes personnes : « J'ai vu une belle maison en briques roses, avec des géraniums aux fenêtres et des colombes sur le toit... » elles ne parviennent pas à s'imaginer cette maison. Il faut leur dire : « J'ai vu une maison de cent mille francs. » Alors elles s'écrient : « Comme c'est joli! »

Le Petit Price - Antoine de Saint-Exupéry