Seu Zé se atualiza sobre as maracutaias de Brasília pela rádio. Precisa de assunto para conversar com os passageiros de seu táxi.
Lúcia lê o horóscopo assim que abre o jornal. Não passa um dia sem se enganar.
Orlando não sai para o trabalho de manhã sem antes ouvir o bom dia da Renata Vasconcellos. E, claro, o da sua mulher também.
Dona Maria liga a TV no fim da tarde para ver a filha falar de ações preferenciais e ordinárias e derivativos e commodities. Não entende porra nenhuma, mas adora este ritual.
Quim, também conhecido como “o português da banca”, dá uma olhadela nas manchetes dos jornais populares e pendura os mais toscos na lateral da banca. Pro povão se deliciar.
Érica compra revistas de Saúde e Fitness para conhecer as novas dietas da moda que ela não vai fazer. Porque odeia dietas.
Ricardo se inspira nas crônicas do Verissimo para manter vivo o sonho de ser escritor.
Isabel lê todas as matérias sobre cinema asiático e artes plásticas. Para comentar com as amigas no almoço. E fingir que é culta.
Indignado com o trânsito, Paulo liga na rádio de trânsito. Só para ficar um pouco mais indignado.
Silmara, a cabeleireira, deixa a TV de seu salão ligada e sem som. Fica suspirando pela buniteza do apresentador do jornal.
Antes de ir para o canteiro de obras do metrô, Juraci pára na banca do Quim. Solta um “eita, danado” quando lê sobre o marido corno que fez picadinho da mulher.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Histórias de quem consome o Jornalismo
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4 comentários:
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Parabéns! Sensacional como sempre, e me fez sorrir como sempre =D
- 22 de julho de 2011 às 14:16
- Cor de Rosa e Carvão disse...
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Duda, fiquei curiosa, e de qual história tu ajuda a construir?
- 22 de julho de 2011 às 21:24
- Érison Martins disse...
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No final das contas, são essa figuras que nos fazem se sentir útil nessa profissão...
- 24 de julho de 2011 às 17:11
- Duda Rangel disse...
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Talita, e eu agradeço como sempre. Valeu.
Cor de Rosa e Carvão, ultimamente, não tô ajudando a construir história nenhuma...:)
Érison, sem dúvida.
Abraços. - 24 de julho de 2011 às 17:22
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