(Euclides da Cunha)
Quem já teve pedra no rim (meu caso) ouviu alguém falar que a dor da danada se mexendo é pior que a dor do parto. E a dor de ser jornalista, como é? É pior que cólica renal. Porra, então vamos desistir desta profissão, vocês vão dizer. Sofrer pra quê? Mas não se foge da dor. Ela faz parte da vida. Para ser jornalista – assim como para viver – é preciso conviver com a dor, ser mais forte que ela. Defendo até que as faculdades de jornalismo, além dos estúdios de rádio e TV, tenham um Laboratório da Dor, para simular sensações como a perda do emprego, da liberdade, das ilusões, dos cabelos.
O ano de 2011 foi doloroso para os jornalistas por velhas razões. Passaralhos, violência, desrespeito. O diploma, tadinho, seguiu marginalizado. Deu até entrevista para o blog revelando, por exemplo, que tentou o suicídio. Mas sobrevivemos. Sempre sobrevivemos. Só quem é capaz de suportar a dor é capaz de saborear as coisas boas da vida e dessa nossa profissão maluca. E posso garantir: são muitas as coisas boas pra gente saborear!
Que em 2012 a gente continue mais forte que qualquer dor.
Quero agradecer aos leitores fiéis que prestigiam meus textos neste blog, aos que dão uma passadinha de vez em quando, aos que postam comentários, aos que comentam só em pensamento, aos que mandam mensagens carinhosas, aos que discordam do que escrevo, aos que divulgam meus escritos por aí, aos que choram, aos que riem.
O blog entra em férias e volta a ser atualizado em 16 de janeiro. Neste período de hibernação, vai rolar o “Desilusões perdidas Retrô” no Facebook e no Twitter, com os melhores (ou piores) posts de 2011. A quem estiver na área, é só ficar ligado. Ano que vem, tem mais. Valeu, amigos, vocês são a razão deste blog! Feliz ano novo! Duda.