sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Redação em chamas


Paixão, intriga, mistério, plantões intermináveis, medo de perder o emprego e muito mais. “Redação em chamas” é o primeiro dramalhão mexicano produzido na Colômbia e exibido na televisão brasileira que trata exclusivamente do universo jornalístico. É também a primeira telenovela da história que não tem núcleo rico. Conheça a seguir os atores e os papéis mais importantes do folhetim que vai mexer com as suas emoções:

María José Villegas, a Francisca do caderno de Política, é a mocinha da trama, uma jovem pura que acredita no amor verdadeiro e na independência da imprensa. Ela deixa o interior para trabalhar, como foca, no principal jornal da capital. Em pouco tempo na redação, começa a conhecer os perigos da profissão, como falar mal do político apoiado pela casa. A vida de Francisca muda quando ela troca olhares furtivos com Ramón, o editor-executivo, ao lado da máquina de café. Tem início uma tórrida paixão, ameaçada pelo ciúme e pela ira de María Clara, repórter especial e namorada de Ramón.

Christian Caballos, o Ramón da edição-executiva, é um homem ambicioso que luta, há anos, para chegar ao cargo de diretor de redação, ocupado por seu pai, o senhor Alfredo. Octogenário excêntrico, o pai passa o dia caminhando pela redação com suas pernas mecânicas, fumando um cachimbo fedorento e bulinando estagiárias. O senhor Alfredo não confia na competência do filho e pensa em deixar o cargo a outro sucessor. Ramón, obcecado em conseguir a promoção e a confiança do pai, sofre uma grande transformação quando conhece a ingênua Francisca. Tem início uma tórrida paixão, ameaçada pelo ciúme e pela ira de María Clara, repórter especial e sua namorada.

Erika Mendoza, a María Clara da reportagem especial, é a vilã da trama. Sem talento e ética, conseguiu um cargo importante no jornal apenas por ser a namorada de Ramón. Quase não trabalha e passa o tempo todo na máquina de café, arquitetando planos diabólicos contra o pessoal do núcleo bonzinho, principalmente a doce Francisca. Tem também um relacionamento difícil com o senhor Alfredo por não suportar o fedor de seu cachimbo e a rejeição do velho a seu amado Ramón.

Pepe Morales, o Juan da diagramação, é o filho bastardo do senhor Alfredo com uma prostituta, concebido há mais de 20 anos, quando Alfredo ainda não havia perdido as duas pernas num trágico acidente automobilístico. Juan arruma um emprego no jornal para aproximar-se do pai, mas não tem coragem de fazer tão grande revelação ao velho, que desconhece a paternidade. O senhor Alfredo nutre grande carinho por Juan, a quem sonha um dia transformar em seu sucessor, aumentando o ódio de Ramón.

Pablo Montalba, o Ricardo do caderno de Esportes, integra o núcleo gay da novela. Repórter de futebol, vive em um ambiente machista e atormenta-se pelo fato de não assumir sua homossexualidade. Ao conhecer Carlos, o jovem delicado que passa a ser responsável pelo roteiro cultural do jornal, toma coragem para sair do armário. Ricardo sofrerá grande preconceito, mas seu amor por Carlos triunfará. No fim do folhetim, ele deve protagonizar o primeiro beijo gay jornalístico da televisão brasileira. E colombiana.

Luis Miguel Cárdenas, o Panchito da Fotografia, promete trazer para as redações o debate sobre o mal da dependência química. Mesmo na era da fotografia digital, Panchito, um homem de meia-idade, não consegue largar o vício por agentes químicos usados na revelação dos antigos filmes. Com os olhos vermelhos, o fotógrafo sempre chega atrasado à redação. Vive preso às suas viagens em um quarto de sua casa, onde segue revelando filmes em uma banheirinha de bebê.

Isabel Moreno, a Esmeralda do caderno de Geral, em um dos papéis mais difíceis e emocionantes de sua carreira, descobre, logo nos primeiros capítulos, que tem uma doença incurável e apenas dois meses de vida. Passa a aproveitar cada segundo com muita intensidade. Além de lutar pelo amor de Ricardo – sem saber que o repórter de Esportes é gay – Esmeralda assume o desafio de, enfim, escrever a grande matéria de sua vida. O que não conseguiu em 18 anos de carreira, terá de cumprir agora em 60 dias. Conseguirá?

Justiniano Escobar, o Rodolfo do caderno de Economia, é o destaque do núcleo engraçadinho. Além de contar velhas histórias de jornalistas com humor e sarcasmo, como a do repórter com surdez no ouvido direito que escutava as respostas dos entrevistados sempre pela metade, Rodolfo tem como ponto forte de seu repertório a imitação clandestina que faz do senhor Alfredo, caminhando, todo torto e desajeitado, pela redação.

31 comentários:

Carolina disse...

Hahaha, essa história precisa virar roteiro!

Anônimo disse...

Chefe bolinando as estagiárias kkkk E fotógrafo viciado em agentes químicos e revelando filmes em uma banheirinha de bebê kkkk Isso precisa virar novela no youtube!

Anônimo disse...

Jornalista, por favor, bote essa história pra frente.

Unknown disse...

Não sou nem um pouco noveleira, mas essa eu não perderia um capítulo!

Libriana Voadora disse...

"que trata exclusivamente do universo jornalístico. É também a primeira telenovela da história que não tem núcleo rico." Dá pra entender, né? Hehehe, que coisa interessante isso! Gosto de coisas que abordem a temática jornalística... Bom final de semana!!

fabita . disse...

hahahahahahahahahahahahahahahahahaha - risada alucinada. postei no "café, cigarros & desordem". beijo pra ti.

fabita . disse...

o que? ah, meu deus, soy a tola francisca!

Palavras Vagabundas disse...

Novela imperdível! Quem faz o elenco de apoio? Senhorinha da limpeza, tiozinho da portaria, estagiária da pesquisa... eles que começam sempre apagados e podem revelar grandes segredos.
Jussara

Laís Fernanda Borges disse...

poderiam revelar o segredo do filho bastardo rs
novela que é novela sempre tem que ter algo do tipo e geralmente a turma dos serviços gerais é que sabe de tudo....
cuidado com a tia do café e com o tiozinho da limpeza...eles podem conhecer os seus mais íntimos segredos hehehe

Geilson Fernandes disse...

"É também a primeira telenovela da história que não tem núcleo rico." Rindo até agora.. kkkkkkk
Essa novela tem que ter continuidade, hsuahushau.. vou perder nenhum capítulo! HSAHSUASHAS'

mariana camargo disse...

e claro q tem q ter um QUEM MATOU né.... sempreeeee!

só fico triste em pensar q meu chefe é JORNALISTA...e RICO... muito rico como editor chefe

shusahuhuhasuhuasus

Duda Rangel disse...

Após tantas sugestões de personagens, enredo e desfecho, prometo pensar com carinho na continuidade da novela. Obrigado pelas idéias. Vida de jornalista combina com dramalhão. Grandes abraços.

Bruna Souza disse...

Sim....dê continuidade à essa novela...mal começou e já identifiquei todos os personagens com alguns amigos rsrs

Ótimo roteiro!!! Isso vai pra Televisa, certeza! kkkkkkkkkkkkkkkkk

Duda Rangel disse...

Oi, Bruna. Ir para a Televisa é coisa boa ou ruim?...rs. Beijo.

Daniela Ayres disse...

Adooooooro o blog e as histórias. Parece que em algum momento eu já vi tudo isso. Hehehehe.

Duda Rangel disse...

Legal pela identificação, Daniela. Beijão!

Apenas, Marcia disse...

Não sou jornalista e tamb´me não entendo nada sobre o assunto. Mas que esse blog é divertido, ah, isso ele é! Parabéns. PS Cheguei aqui pelo twit do Leandro Borges.

Duda Rangel disse...

Volte sempre, Marcia. Mesmo não sendo jornalista. Beijo.

Unknown disse...

HAHAHAAHAHAHAHAHAHAHAHAH, demaiss!!!

Gustavo disse...

Faltou um personagens pros jornalistas esforçados e bons de texto que nem por reza braba arrumam emprego e, pra não passarem fome, se aventuram em outras profissões...

Anônimo disse...

Meu deus! Conheci e convivi com muitos desses personagens. Inclusive, alguns nomes e personalidades bateram, ahahahahh.

Unknown disse...

Verdade, Gustavo! Tem que ter a jornalista de 30 anos que é freela eterna e vende Avon e Jequiti que pra complementar a renda!! *rss

Duda Rangel disse...

Concordo, Flávia. Uma jornalista de 30 anos que vende Avon e Jequiti pra complementar a renda se encaixaria bem num dramalhão jornalístico.
Abraços.

Andrea Vaz disse...

Essa novela da vida real é fabulosa...

Duda Rangel disse...

Valeu, Andrea.

ReSilver disse...

Ainda tem um montão de personagens secundários: os motoristas, a secretária, o cara do Telex que o Sr. Alfredo insiste em manter porque tem pavor de tecnologia, os frilas desesperados que querem continuar frilas, os frilas malvadinhos que querem o emprego de alguém, a jornalista de TV que quer virar escritora, o cara que cobre celebridades e fofocas que sonha em ser crítico de cinema, e, principalmente, os estagiários!
Pô, mó novelão!

Duda Rangel disse...

Re, você é muito criativa. Se um dia eu for escrever o roteiro deste novelão, vou te convidar para uma parceria. Beijos.

Aline Brelaz disse...

qualquer semelhança com todas as redações, principalmente a dureza dos jornalistas, é pura coincidência né Duda Rangel? hahahahhah adoreiiiiiiiiiiiiii


Aline Brelaz (Belém)

Anônimo disse...

eu sinto falta dos assessores de imprensa no seu blog. O fato da novela se passar na redação não quer dizer que você tenha que excluir o assessor de imprensa. Acho que você deveria criar o personagem Inácio Monteblanco, um repórter solitário que se apaixona por uma assessora de imprensa que o tira de várias enrascadas dando contatos de ótimas fontes para suas matérias. Ela, inclusive, envia as perguntas do repórter por e-mail para o cliente para que o colega não tenha o trabalho de ligar para a fonte. Ele não a conhece, nunca a viu pessoalmente, conhece apenas a sua voz, pois ela vive ligando para saber se ele recebeu o release, se precisa de mais informações, etc. O que acha?

Ela não precisa aparecer no decorrer da novela, criando curiosidade e expectativa junto ai personagem e em meio ao público sobre como é o seu rosto.

Regis disse...

^
Um personagem assessor de imprensa seria fantástico. Mas baseado nos outros posts do Duda, vai ser difícil o assessor fazer parte do núcleo "bonzinho". Com certeza vai ser um cara chato ligando durante o fechamento. Ainda sim vale a pena!

Duda Rangel disse...

Valeu, Aline.
Anônimo, curti bastante a história do Inácio Monteblanco com a assessora misteriosa. Muito boa!
Regis, acredite, eu gosto de assessores. Verdade. Existem muitos do núcleo "bonzinho".
Abraços.