quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A boa vida do vestibulando de jornalismo


Dia de vestibular é um martírio para muitos estudantes. Jovens enfrentam momentos de angústia. São acometidos por um mal-estar de grandes proporções, o tal cagaço. Estão cheios de dúvidas. Será que deixei de estudar alguma coisa? A que horas devo chegar ao local da prova? Já vou comido? Uso roupas leves? Será que não esqueci nada? Documentos? Caneta? O amuleto da sorte? A cola? Em comparação com estudantes de outras áreas, o vestibulando de jornalismo tem até algumas vantagens. Abaixo, veja três bons motivos para fazer uma prova tranqüila:

1) Você, que quer estudar jornalismo, não vai encontrar um monte de japonês debruçado sobre as folhas da prova, comum nos cursos de Medicina e Mecatrônica. Você não terá a desagradável sensação de ser devorado por um CDF que passou o ano inteiro estudando enquanto você estava bebendo com os amigos ou no Orkut. No dia da prova, nada pior do que ver um cara respondendo a todas as questões freneticamente enquanto você luta para vencer aquele “branco” que te deixou imóvel, com o olhar perdido no teto e a caneta na mão.

2) Para os homens, além de não topar com um CDF, há uma grande chance de você encontrar ao seu lado "a gostosa", tipo modelo e atriz, que sonha fazer jornalismo para ser apresentadora de TV e ficar famosa. São meninas que, no dia do vestibular, costumam se vestir de forma bem confortável, com shortinho e um top que deixa à mostra a barriguinha sarada com um piercing no umbigo. Só de imaginar que essa moça pode ser sua companheira de classe fará você relaxar (mas sem gozar). Alerta: cuidado para não perder muito a concentração e fazer um monte de merda no teste.

3) Com o fim da obrigatoriedade do diploma, a tendência é por um menor interesse pela carreira de jornalista. Na USP, por exemplo, jornalismo é hoje o sexto curso mais procurado; em 2008, era o primeiro. Ou seja, “com menas concorrência”, como diria o presidente Lula, você tem mais chances de entrar em uma universidade do Estado. Não precisaria, assim, vender rifas ou pedaços de bolo para pagar uma faculdade privada. Pra que gastar grana para comprar um diploma que não tem mais valor se você pode fazer o mesmo com o dinheiro público?

6 comentários:

Fernando Rocha disse...

Legal, embora eu não vá fazer o vestibular, falarei com um jovem amigo sobre estas dicas, ele pretende ser jornalista. Quando puder acesse o blog dele, será importante a opinião de um profissional experiente, o endereço é: dossieteen.wordpress.com

Pabline Felix disse...

Na minha prova tinha tanta gente com cara de "noiado" que eu achei que era pré-requisito passar pela mão do trafica. Sério.

Mas bom ou ruim, yep, continuo desperdiçando o dinheiro público nessa carreira quase sem futuro.

Abração, Duda.

Anônimo disse...

minha prova foi a pouco tempo, mas o diploma não tinha caido...o prblema (ou vantagem)é q aki tb forma pps e rps então na minha sala tava cheio de boysinhos q pareciam nem sabr o nome do presidente. Pensei: a primeira etapa já foi!

Abraço Duda

Felipe Braga disse...

Sempre quis cursar Jornalismo. Ler teu texto até me deu mais ânimo. O vestibular, pois, está chegando.
Sou contra a não-obrigatoriedade do diploma, embora eu saiba que terei menos concorrentes.

"Menas concorrência", como diz o Lula? hahaha

Duda Rangel disse...

Prestar vestibular para jornalismo tem ainda outra vantagem: em algumas faculdades, o peso das matérias exatas é menor. Eu, por exemplo, sempre detestei Matemática. Boa sorte a todos!

b. diniz disse...

Jornalismo será um dos cursos menos concorridos quando:
A gostosa descobrir que entrar no BBB (só pelo fato de ser gostosa) é bem mais fácil que passar num vestibular.
A modelo chegar à conclusão de que mensagem de toddynho não é orientação vocacional.
Todos entenderem que os salários de Willian Bonner e Fátima Bernardes são nada comuns para simples mortais jornalistas.
Enfim, quando pararem de associar essa profissão com fama, fortuna ou glamour. O que só causa mais banalização ao curso.