sexta-feira, 19 de março de 2010

Dez coisas que todo jornalista deveria fazer antes de morrer


1) Beber com os amigos da redação até as cinco da manhã de uma segunda-feira (para celebrar não sei o quê), mesmo tendo de estar de volta ao jornal em poucas horas.

2) Fazer uma entrevista extremamente perigosa com, por exemplo, um traficante ou um psicopata tipo Hannibal Lecter, sem “focinheira” e dentro de uma cela de prisão.

3) Sair à rua para fazer uma reportagem com uma pauta nas mãos e voltar à redação com uma matéria apurada de um assunto totalmente diferente.

4) Libertar-se dos plantões cruéis e passar o maior número de Natais em família, para descobrir o verdadeiro sentido do amor e do ódio por aquela parentada toda.

5) Fazer uma grande viagem internacional a trabalho, para conhecer as belezas de outra cultura e, naturalmente, para comer e beber bem pra caralho às custas do jornal.

6) Dormir na rua como mendigo, mergulhar num tanque com um tubarão, ser stripper por uma noite ou trabalhar como gari, para descrever com mais realismo as suas histórias.

7) Mandar à merda aquele editor filho-da-puta – que tinha o maior prazer de colocar na sua bunda – e dar início a uma emocionante carreira de jornalista free lancer.

8) Pedir ao editor de arte para ele fazer uma fotomontagem em que você aparece como o executivo do ano na capa da Forbes, para você mostrar aos netos como era importante.

9) Pagar todas as contas sem atraso, pelo menos em um único mês de sua vida.

10) Negociar com o seu chefe uns dias a mais de folga, para você poder ter um filho. Ou plantar uma árvore. Ou escrever um livro.

22 comentários:

Cunha disse...

"9) Pagar todas as contas sem atraso, pelo menos em um único mês de sua vida."
Muito bom hehehehe :D

Ligia Borges disse...

"Sair à rua para fazer uma reportagem com uma pauta nas mãos e voltar à redação com uma matéria apurada de um assunto totalmente diferente." Atire a primeira pedra o jornalista que nunca sonhou com isso.
Voltarei mais vezes, colega.

Unknown disse...

"Pedir uns dias a mais de folga para o chefe..."
Eu pedi, esperando um não, mas veio um sim! Então quer dizer que posso morrer feliz?!

Analu Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Clarissa Pacheco disse...

Muito bom!
1) Beber com os amigos da redação até as cinco da manhã de uma segunda-feira (para celebrar não sei o quê), mesmo tendo de estar de volta ao jornal em poucas horas.
Já fiz hehehehe

Duda Rangel disse...

AC, pagar as contas em dia é um verdadeiro desafio para muitos jornalistas. Ligia, volte sempre ao blog, estarei esperando. Paula, você é uma garota de sorte. Já deu um importante passo para morrer feliz. Clarissa, apesar da rotina corrida, sempre arranjaremos um tempinho para o boteco com os amigos. É um sacrifício que vale a pena. Abraços a todos.

Estaticamente em Movimento disse...

6) 'Dormir na rua como mendigo, mergulhar num tanque com um tubarão, ser stripper por uma noite ou trabalhar como gari, para descrever com mais realismo as suas histórias.'

Um dia ainda faço isso, rs

Vivian Sipriano disse...

fico com a nº 4! hahaha

Anônimo disse...

Opa, vi somente agora via Twitter esse texto e afirmo com muito pesar que eu já posso MORRER.
Meu Deus estou em pânico!!!
KKKKKK Brincadeira. Só não posso morrer salvo pelo sétimo mandamento " 7) Mandar à merda aquele editor filho-da-puta – que tinha o maior prazer de colocar na sua bunda – e dar início a uma emocionante carreira de jornalista free lancer".
Um dia ainda terei essa oportunidade, mas serve mandar aquele cliente MALA? Se servir, meu Deus, agora eu posso MORRER mesmo!!! KKK pelo menos se morre feliz não é mesmo?!!
Parabéns mais uma vez pelo MA-RA-VI-LHO-SO texto!!!

Duda Rangel disse...

Oi, Geilson, depois você me conta como foi a experiência.
Vivian, apoiada! Chega de plantões cruéis.
Suyane, cliente mala até serve, sim. Mas ainda acredito que editor FDP tem um peso maior...rs
Abraços.

Anônimo disse...

Apesar de não ser efetivamente jornalista, com diploma na mão (mas isso para alguns nem é importante) eu tenho muitaaa vontade de fazer várias dessas sugestões...vou realmente considerar.

Anônimo disse...

bah mto boa! mas não iriamos durar mto com esse tipo de profissional. Sobre o editor concordo! rs
fala sério q precisamos de tudo isso? kkkkk

Camilla Lima disse...

kkkkkkkkkkkkkkk
Como sempre explêndido!!!
Duda seu Lindo...meu espelho!

Aline Santos disse...

A 7ª foi a melhor de todas!!!Até pq acabei de passar por esse editor Filho da p...!!
Como sempre,parabéns Duda.Só nós os pesares de nossa profissão..e seus encantos.Jornalista tem que ser apaixonado mesmo,senão não aguenta o tranco!

Gisele Gutierrez disse...

Ahhhh!!!!! Viciada nos seus textos, parabéns!!!

Bjinhos
Gi

Duda Rangel disse...

Nat, acredito que você não vai se arrepender.
Anônimo, não é preciso fazer tudo agora. Temos a vida inteira. Só não podemos demorar muito.
Camilla, sempre gentil!
Aline, a vida segue, aos trancos...
Gisele, curta o vício, sem crises de abstinência...
Abraços.

Unknown disse...

8) Pedir ao editor de arte para ele fazer uma fotomontagem em que você aparece como o executivo do ano na capa da Forbes, para você mostrar aos netos como era importante.
Booaaa..boaa!!

Paolla Martinez disse...

Genial....

Priscilla disse...

Perfeito!
Já pensou em fazer publicidade? Criatividade não te falta e pode render um dinheirinho!! hauahauahau

Mabel Oliveira Teixeira disse...

SENSACIONAL ... faltou apenas mencionar a "leitura do Desilusões Perdidas e a total identificação".

É sempre bom saber que existem outros malucos por aí ... beijão =D

Is disse...

10) Negociar com o seu chefe uns dias a mais de folga, para você poder ter um filho. Ou plantar uma árvore. Ou escrever um livro.

Necessário!

Duda Rangel disse...

Brigadão, Paolla.
Priscilla, fiz voto de pobreza ao escolher o jornalismo. Já era.
Mabel, agradeço a mensagem tão simpática.
Is, é muito necessário.
Abraços a todos.