quarta-feira, 1 de abril de 2009
Canino, demasiado canino
Uma amiga iniciada na questão de outras vidas contou-me certa vez que sempre evoluímos. Ou seja, voltamos cada vez melhores na vida seguinte. Considerando que ser jornalista é o atual último estágio de minha evolução, tenho até medo de saber o que fui em minhas vidas anteriores.
Tive a oportunidade de passar o último fim de semana com o Nestor. Sua vida canina é demasiadamente simples. No parque, percebi que sua angústia máxima era levantar a perna pela décima vez em menos de cinco minutos e não ter mais o que mijar. Enquanto isso, eu pensava no aluguel a ser pago, no porre de ter de ir ao supermercado e no frila que precisava escrever (uma empolgante entrevista médica sobre o aumento da incidência das hemorróidas em países tropicais).
O domingo acabou e, com o coração apertado, deixei o Nestor na casa de minha ex. Ainda tive de ver a scooter amarela do outro estacionada lá. À noite, voltei ao meu apê de 49 metros quadrados e, antes de escrever a matéria, fiquei imaginando minhas prováveis vidas passadas. Será que eu era o cara que mandava os cristãos para os leões? Um cafetão na Belle Époque? Será que já fui argentino? Meu Deus, será que eu já fui argentino?
15 comentários:
- The Ideas of a Vintage Doll disse...
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Na próxima encarnação quero ser a Lola, minha filha de quatro patas. Ela mora com os meus avós e tem uma puta mordomia. Invejo...
- 1 de abril de 2009 às 14:53
- Fernando disse...
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"Nada é tão ruim que não possa ser pior" (PENSE NISSO)
- 1 de abril de 2009 às 18:00
- rCarvalho disse...
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cara, você é simplesmente genial! texto fantástico. se eu acreditasse nessas coisas de vida queria ser você: jornalista e bem redator. me divirto com as situações aqui descritas.
ha pouco tempo também adquiri um totozinho. o nome é lambari, minha vó que resolveu o chamar assim pelas suas incríveis habilidades de ser atrevido, esperto e engraçado pra lá. relação com o peixe? só ela deve saber. mas ele também leva a vida adoidado aqui no quintal. mas não se preocupa com levantar a perna pois ainda é muito novo. nem consegue isso. ele só tem dois meses. mas é um vira lata de conquistar o coração.
mas parando pra analisar eu não queria estar na pele dele. sei lá, acho tão bacana essa vida de aprendiz de jornalista...rs.
ontem mesmo voltei a escrever. de graça na verdade, mas não aguentava ficar mais dentro de casa parado. por isso resolvi fazer uma matéria de moda e comportamento para o jornalzinho da universidade que estudei. ainda não acabei a bendita (falo sobre essa onda de moda indiana), mas como é a primeira nesse ramo e a primeira depois de tanto tempo, creio que não vai sair grandes coisas. mas me senti muito feliz em entrevistar as pessoas, conversar com gerentes e donos de loja. meio que me senti no meu lugar. fiquei feliz de mais fazendo aquilo.
não sei se escrever sobre hemorróidas é legal, mas ser jornalista é uma das melhores coisas desse mundo. mesmo não sendo bem remunerado...rs. - 1 de abril de 2009 às 18:52
- Unknown disse...
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rCarvalho,
Costumo responder os comentários aqui postados diretamente para as pessoas, mas, como não tenho seu e-mail, escrevo neste espaço mesmo: obrigado pela mensagem e pelas anteriores. Apesar de tudo, também amo ser jornalista. É como diz aquela pérola do cancioneiro brega brasileiro: "você não vale nada, mas eu gosto de você". Que você seja muito feliz na profissão! Um grande abraço. - 2 de abril de 2009 às 14:48
- Fernando Leroy disse...
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Fala Duda. Texto muito bom. Mas ser jornalista não é tão ruim assim (se esquecermos do salário pelo menos.kkkk). Acredite sempre em você cara, tenho certeza que vai longe!
- 2 de abril de 2009 às 19:00
- Ewerton Martins disse...
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Pior que eu, fora a pouca grana, ainda nem acho ruim essa coisa de ser jornalista (será que é por eu ter formado agora? Provavelmente, né? Xi... Merda!)
Os posts têm sido ótimos. Parabéns. - 3 de abril de 2009 às 01:05
- Ewerton Martins disse...
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Ah, fiz uns comentários no post "Contrata-se jornalista, paga-se mal", mas eles não entraram. Minha net discada é uma merda. Agora não lembro mais o que escrevi. De mais a mais, não era nada importante. Abraço!
- 3 de abril de 2009 às 01:07
- Ricardo Muza disse...
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Edu, excelente texto (este e os demais).
Quanto ao Nestor, me fez lembrar que assisti a uma matéria no programa dominical da Eliana (estava de visita na casa dos, bem, não adianta, ninguém vai acreditar, né?)onde alguém apareceu fazendo perucas para cães.
E na BandNews FM, ouvi que uma empresa aérea americana está criando um serviço especial, com aviões inteiramente dedicado aos caninos.
Pode?
Abs
Ricardo Muza
http://lazerpordois.wordpress.com - 3 de abril de 2009 às 15:25
- EDUARDO CARLOS D AMATO disse...
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Adorei seu blog. Está mesmo faltando um pouco de humor no jornalismo.
Abraço. - 27 de abril de 2010 às 14:04
- Unknown disse...
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Vir ao mundo Argentino é osso neh!
- 27 de abril de 2010 às 14:17
- Cristine Bartchewsky Lobato disse...
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Esse é o blog que me faz mais feliz todos os dias! E, ai! Como é verdadeiro...
Abs - 9 de novembro de 2010 às 13:56
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rsrs!! Com diz aquele ditado: A ingnorância é uma benção!
- 9 de novembro de 2010 às 14:06
- Duda Rangel disse...
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Oi, Cristine, que bom saber que o blog te deixa mais feliz! Valeu!
Joseane, ser "ingnorante" tem lá suas vantagens também. Beijos. - 9 de novembro de 2010 às 15:03
- Jean Piter disse...
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Vou colocar seu nome na macumba. Logo você poder tirar suas dúvidas sobre as outras vidas pessoalmente (no além).
Ass: O Argentino!
rs rs rs Belo texto
(além de jornalista, sou argentino) - 9 de novembro de 2010 às 15:06
- Duda Rangel disse...
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Olá, Jean.
É jornalista. É argentino. E ainda consegue manter o bom humor. Parabéns...rs. Abração. - 9 de novembro de 2010 às 15:15