Ficar acordada até as cinco esperando ele chegar do pescoção.
Empurrar o carro velho dele que sempre quebra de madrugada.
Suportar os amigos dele que não param de falar de jornalismo na mesa do bar.
Tolerar as reclamações de salário ruim, pauta ruim, editor ruim.
Acompanhá-lo em trabalhos free lance no sábado à noite ou domingo bem cedo.
Ler as matérias horríveis dele e dizer que ficaram ótimas.
Achar graça quando ele interrompe a transa para atender o pauteiro no celular.
Ouvir as histórias fantásticas da carreira dele quando vocês dois ficarem velhinhos sem dizer “querido, você já contou isso um milhão de vezes”.
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