terça-feira, 30 de julho de 2013

Se o povo de Amor à Vida fosse jornalista


Félix – é a colunista de fofoca má, famosa pelo bordão “Eu salguei a boca-livre”.

Nicole – é a foca que recebe a desesperadora notícia de que tem apenas seis minutos para o deadline.

Patrícia – desiludida com os empregos de carteira assinada, é a repórter que decide viver de frilas.

Amarilys – é a jornalista que aluga seu MTB para dois amigos não jornalistas que desejam criar uma revista.

Valdirene – faz de tudo para ficar rica. Estuda Engenharia, Medicina, mas não consegue se livrar da vida de jornalista.

Lutero – com dificuldades para ler o teleprompter, é o experiente âncora de TV afastado da bancada por estar “velho”.

Atílio – é um ministro do STF que, ao sofrer uma acusação de sonegação fiscal, fica abalado, perde a memória e assume a identidade de um jornalista sem diploma.

Tetê Parachoque-Paralama – foi uma famosa “moça do tempo” na TV Tupi e, hoje, escreve num jornalzinho de bairro.

Perséfone – aos 37 anos, está subindo pelas paredes da redação para conseguir assinar a primeira matéria de capa da sua vida.

César – é o pai que não consegue aceitar que o filho jornalista é, sim, colunista de fofoca.

Michel e Bruno – são os jornalistas bonitões da TV, mas que quando abrem a boca para fazer uma passagem, meus Deus, troço ruim da porra.

Paloma – é a repórter que passou 13 anos procurando a agenda de telefones perdida no banheiro de um bar e, quando a encontra, percebe que está tudo desatualizado.

Ninho Chupetinha – é o jornalista clássico: desapegado ao dinheiro e a uma vida careta.


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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Concurso cultural “Afinal, o que é ser jornalista?” dá dois livros do Duda Rangel autografados



Eu sei que você preferiria mil vezes mais ganhar a Mega-Sena acumulada, mas um livro do Duda Rangel autografado também não é tão ruim assim. Para tentar levar o prêmio, basta participar do concurso cultural deste blog, respondendo a pergunta “Afinal, o que é ser jornalista?”.

“Afinal, o que é ser jornalista?” é uma das grandes questões que intrigam a humanidade, a exemplo de “Existe vida após a morte?” e “A dança da manivela ela dançou?”. Os autores das duas respostas mais criativas e porretas vão receber, cada um deles, um exemplar de “A vida de jornalista como ela é”, já considerado pelos críticos um clássico da literatura mundial.

Todo concurso que se preza tem uma cagação de regras e aqui não será diferente, mas será uma coisa bem básica. Só serão consideradas válidas as respostas que estiverem de acordo com as regras cagadas. Então, aperte o nariz e leia-as com atenção (elas estão mais abaixo).

Se você já comprou o livro, participe do mesmo jeito. Você pode presentear um amigo e ficar bem (ou mal) na fita com ele.

Se você não for um dos dois escolhidos, vai protestar – “Que zica, eu não ganho nada nesta vida mesmo, nem livro do Duda” –, mas calma, o livro segue sendo vendido na loja virtual no Facebook por um preço bem camarada – R$ 22,90 (com frete grátis para todo o Brasil). E, se você quiser, pode pedir também uma dedicatória. A loja está aqui.

Boa sorte a todos!

Cagação básica de regras do concurso:

As respostas devem ser postadas no campo “comentários” deste post ou enviadas para o e-mail dudarangel2008@gmail.com, com o assunto “Concurso cultural”. Frases postadas em outras plataformas, como o Facebook, não participam da disputa.

As respostas devem ter, no máximo, 150 caracteres, considerando os espaços entre as palavras, e em Português. Serão aceitas também frases em Espanhol.

Você pode mandar quantas frases quiser.

As respostas precisam ser de autoria do participante. Nada de roubar as ideias dos outros, hein?

O concurso começa a valer assim que este post entrar no ar e será encerrado à 0h01 da segunda-feira (dia 29/07/2013).

A Comissão Julgadora será formada por apenas uma pessoa (eu). As duas respostas que mais tocarem o coração deste velho jornalista serão as vencedoras.

Os vencedores serão conhecidos também na segunda-feira (29/07/2013). Serão divulgados por mim também na área de comentários deste post, a partir das 15 horas.

Os livros, com as respectivas dedicatórias, serão enviados aos vencedores pelos Correios. Assim que souberem do resultado, os vencedores deverão enviar seus endereços completos para o e-mail dudarangel2008@gmail.com.


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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Manual para o jornalista que sofre bullying


Ao ser chamado de psicopata

Alguém vai sempre lembrar que a nossa profissão é uma das com mais psicopatas. Sim, tem um ranking que atesta isso. Uma boa dica para estes casos é carregar na bolsa uma máscara modelo Hannibal Lecter. Vista a máscara, faça um olhar de jornalista psicopata (é parecido com o olhar de um jornalista “normal”), dê um grunhido básico e diga à pessoa “quero comer o seu cérebro”. Quando ela se mostrar assustada, emende um “é brincadeirinha, seu cérebro é muito pequeno para saciar a minha fome”.

Quando o agressor apelar para os diminutivos

Forma clássica de bullying. O cara te chama de “reporterzinho”, que trabalha nesse “jornalzinho”. A ideia é fazer o jornalista se sentir mais inferiorizado do que já se sente. Mande o desgraçado tomar no cuzão dele, assim mesmo, cheio de aumentativo.

Quando o agressor disser que hoje qualquer mané pode ser jornalista

Assim como não é necessário diploma para ser cozinheiro, não é necessário para escrever uma matéria jornalística. Alguém ainda vai jogar isso na nossa cara. Putz, alguém já jogou isso na nossa cara. E a gente sabe quem foi. Se algum dia você encontrá-lo, olhe bem nos olhos do sujeito e mande ele... ou melhor, não mande nada, porque o cara é juiz do STF e isso vai acabar dando cadeia. Em pensamento, a ofensa ao tal dotô está liberada.

Ao ser chamado de pobre

Jornalista pobre não é bullying. É pleonasmo. Melhor deixar quieto.

Ao ser chamado de esfomeado

Apesar de ser outra verdade verdadeira, é, sim, configurado bullying neste caso. Lembre ao agressor que você está na terceira pauta do dia, que está há umas seis horas em jejum forçado, que suas taxas de glicemia não param de despencar e que, em questão de minutos, você vai desmaiar. O agressor ficará sensibilizado e, com sorte, até lhe pagará um almocinho. Se isso acontecer, coma feito um esfomeado.

Aos que dizem que jornalista é uma das piores profissões do mundo

O cara chega cheio de sadismo no coração e evoca, de novo, um daqueles malditos rankings que só detonam a gente. Com desprezo, solta um “que bosta ser jornalista, hein?”. Você sorri, finge que não sentiu o golpe, passa seu braço suavemente sobre os ombros do agressor, aproxima sua boca do ouvido dele e sussurra: “caguei para os seus rankingzinhos”.



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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Frases de jornalistas bêbados


Sou eu que encho a cara e é a minha matéria que cai? Sacanagem.

Qual dos dois títulos dessa matéria eu preciso editar?

Assessor, eu te amo, cara! Eu... ic... te amo!

Eu ouvi o patrão dizer que vai contratar mais 10 repórteres. Verdade, eu ouvi.

Meu texto é uma merda. Só tomo furo. Por quê? Por quê? (virando uma garrafa de cachaça pelo gargalo).

Eu já entrevistei o Roberto Carlos, já trabalhei no programa do Amaury Jr., já cobri carnaval na Sapucaí, já fui jurado do Troféu Imprensa...

É sério, assessor, você é um puta amigo... ic... te considero pra caralho!

Eu gostava tanto daquele emprego. Rolava uma química entre a gente, sabe? (enchendo o saco de um colega jornalista no bar).

Seu guarda, eu não bebi nada. Eu tô assim meio caidão porque acabei de sair de um pescoção. Eu juro!

Se você recebesse o meu contracheque, também beberia pra esquecer (enchendo o saco de um colega advogado no bar).

Quem disse que eu tô bêbado? Eu só tô alegre porque me formei em jornalismo! Só isso.

Assessor, vem cá... ic... posso te dar um abraço?

Garçom, desce mais uma pauta, ou melhor, desce mais um chope.



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sexta-feira, 5 de julho de 2013

O post do jornalista saudosista


Bom era o tempo da máquina de escrever.

Bom era o tempo em que a redação aqui era uma fumaça de cigarro só.

Bom era o tempo em que o doutor Hamilton Nogueira Pinto dirigia a merda desse jornal. Ah, o doutor Hamilton Nogueira Pinto!

Bom era o tempo quando não existiam ainda essas bobagens de Facebook, Listagram e sei lá mais o quê.

Bom era o tempo em que a gente guardava garrafa de uísque na gaveta pra beber depois do expediente.

Bom era o tempo em que linguiça tinha colesterol, mas ninguém se importava com isso.

Bom era o tempo em que linguiça tinha trema.

Bom era o tempo de fechamento às 11 da noite. Bom era o tempo em que a gente tinha tempo.

Bom era o tempo quando a gente entrevistava entrevistado olhando nos olhos dele.

Bom era o tempo em que a gente esperava cheio de ansiedade pelo jornal no dia seguinte só para ler o nosso furo.

Bom era o tempo em que eu ainda comia alguém nessa redação.

Bom era o tempo quando eu não ficava o tempo todo falando bom era o tempo.



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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Uma greve geral de jornalistas


Greve geral de jornalista é como umbigo de freira. Ninguém vê. Mas dá para imaginar como seria uma.

Bloquinhos de anotação seriam rasgados e queimados. As pilhas dos gravadores atiradas pelas janelas da redação.

Fotógrafos cegariam. Repórteres de TV e rádio ficariam mudos. Comentaristas políticos e econômicos também não abririam a boca, o que, neste caso, seria ótimo, porque alguns falam merda demais.

Não haveria releases, nem follow-up na hora do fechamento. Não haveria também fechamento.

Coletivas seriam canceladas. E, com o filé mignon ao molho madeira de volta ao freezer, a greve seria também de fome.

As moças do tempo cagariam para o sol, para a chuva e para os períodos de instabilidade.

Faixas e cartazes seriam exibidos nas portas das redações: “Pelo fim dos passaralhos”, “Gilmar Mendes não me representa”, “Pela liberdade de ser jornalista”, “Abaixo a opressão do deadline” e o clássico “Chega de piso safado. Porcelanato para todos já”.

Os estagiários, como sempre, seriam escalados para o trabalho chato, como colar os cartazes.

Serviços considerados essenciais numa redação, como o da tiazinha que passa o café fresquinho, não seriam suspensos totalmente, mas entrariam em operação-padrão.

Para evitar que seus jornais virassem um grande calhau, os patrões convocariam gente de outras profissões para salvar a edição do dia. Os grevistas impediriam o povo fura-greve de entrar nas redações. Haveria briga. A PM chegaria com bombas de efeito moral e imoral. Tumulto, correria, e, de repente, eis que o Datena entra ao vivo, mostrando a confusão com exclusividade e fodendo aquela que seria a maior greve geral de jornalistas que o Brasil já conheceu.



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