quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A vida de desempregado de Clark Kent


Alô? Opa, é o Clark. Isso, Clark Kent. Tudo em paz, meu querido? Então, eu tô te ligando pra dizer que eu saí do Daily Planet. Isso, eu saí, semana passada, tô aí na batalha e se você precisar de alguma coisa, é só dizer. Pode ser frila, frila fixo, cobertura de férias, licença médica, o que vier nóis pega. Eu tô bem, sim. Dentro do possível, claro. Ninguém que deixa o emprego depois de tantos anos tá beeeem, mas a gente vai levando. Vida de jornalista é isso aí. É, mudou o comando do Daily Planet, isso você tava sabendo então? Os caras já chegaram mexendo em tudo e têm rabo preso com o prefeito, com meio mundo. Então eu falei “quer saber? Vou cair fora desta merda”. E saí. A Lois tá lá ainda. Tá. Até quando eu não sei. Não que antes a gente tivesse muita liberdade, mas a coisa piorou com o novo comando. Liberdade total não existe pra jornalista nenhum. É mais fácil o Lex Luthor ir pra cadeia do que a gente ter 100% de liberdade (risos). Eu acho que fecha, sim. Não demora muito e o Daily Planet acaba ou vira uma versão só digital. E tem jeito? Parece o destino de todo impresso. Aí o dono vem com aquele papinho de estratégia de multiplataforma integrada. A verdade é que o jornal impresso tá condenado. Vamos combinar? Não se renova, não encanta mais o leitor. Eu adoraria fazer uma reportagem especial com o Super-Homem salvando o jornal impresso, mas nem ele vai conseguir salvar. Pois é, a gente tá tudo fodido (risos). Então é isso, querido. Qualquer coisa, é só ligar. Aluguel em Metropolis tá caro demais. Me ajuda aí ou eu acabo virando blogueiro (risos). Mais um jornalista blogueiro no mundo. Aí danou-se de vez (risos). Então, é isso. Obrigado, viu? Um beijo para a patroa. Tchau, querido, tchau.

Clark desliga o telefone, se esparrama no sofá, liga a TV, dá uma coçada básica no saco e começa a assistir a um programa vespertino de culinária. Curte o ócio. Até alguma mocinha indefesa clamar por socorro.
 

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Compre o livro do Duda Rangel pela internet


São dois canais para você comprar “A vida de jornalista como ela é – o melhor do blog de Duda Rangel” pela internet, com entrega dentro do Brasil. A venda já começou. Por enquanto, apenas pelo blog, de forma direta e simples. Nos próximos dias, será aberta também a venda por uma loja virtual na página do blog Desilusões perdidas no Facebook.

Nos dois casos, o valor é o mesmo (R$ 22,90), com frete grátis para todo o Brasil.

O que vai mudar entre um canal de venda e outro são as formas de pagamento.

Para comprar pelo próprio blog desde já:

Nesta opção, as únicas formas de pagamento são o depósito ou a transferência bancária. Deposite ou transfira o valor de R$ 22,90 por livro para a seguinte conta: N/Couto Comunicação Ltda. – Banco Itaú (341), Agência: 3094, Conta corrente: 04272-2 – CNPJ: 05.264.054/0001-88.

Mande o comprovante de depósito ou transferência para o e-mail livrododuda@gmail.com. Na mensagem, coloque também o nome e o endereço completo (não se esqueça do CEP) do comprador, para a entrega do livro. Se você quiser, peça a dedicatória e diga a quem ela é dirigida.

Assim que o pagamento for confirmado, o livro será encaminhado pelos Correios ao endereço pedido pelo comprador. É só aguardar.


Para comprar pela loja no Facebook (EM BREVE):

A loja virtual estará dentro da página do blog no Facebook aqui. O sistema de pagamento será o do PagSeguro, uma empresa do grupo UOL, que garante segurança na transação. É preciso fazer um cadastro bastante simples no PagSeguro para efetuar a compra.

A diferença são as formas de pagamento. Pela loja, você poderá utilizar cartões de crédito, débito em conta corrente e boleto (para pagamento em agência ou via internet banking).

O valor é o mesmo (R$ 22,90), com frete grátis para todo o Brasil. E você também poderá receber o livro com uma dedicatória.

Se você prefere utilizar cartão de crédito para a sua compra, aguarde a liberação da loja nos próximos dias!

Obrigado a todos!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sobre realidade e ficção


Duda Rangel existe?

Claro que eu existo! Existo dentro de cada jornalista angustiado, de cada jornalista excitado.

Ficção não é mentira, assim como nem todo jornalismo tido como verdadeiro que se pratica por aí é verdade. Desconfie mais do jornalismo do que da ficção.

Como eu gosto da ficção. Quantos personagens de quantos romances são incrivelmente verdadeiros? O mundo real está cheio de Raskolnikoves, Faustos, Portnoys. O jornalismo, então, infestado de Lucianos de Rubempré. E eu já me identifiquei com tanta gente.

Este blog vive gerando identificação nos leitores. Leio comentários do tipo “Duda, parece até que você escreve sobre a minha vida” ou “Duda, você instalou uma câmera escondida aqui na redação?”.

Ficção é um pouco terapia e sai bem mais em conta. O blog tem sido terapêutico para muita gente também, sobretudo os mais jovens. Gente que passa a reexaminar sentimentos, a não ter vergonha de admitir fragilidades, a olhar as coisas de outra forma.

A ficção existe pra fazer a gente compreender melhor a realidade. Pelo menos, é nisso que eu sempre acreditei.

Viu como eu, Duda, existo também?


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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O que os famosões estão falando do livro do Duda


Lembrando: o livro “A vida de jornalista como ela é” será lançado no próximo sábado, dia 27, em São Paulo.

“Desde a biografia de Fiuk, o mercado editorial brasileiro carecia de uma obra-prima.”
(Antonio Candido, crítico literário)

“Depois de ler Madame Bovary e Primo Basílio, vou devorar os textos do Duda. Adoro livro de corno.”
(Tufão)

“Deixaram esse vagabundo publicar um livro? Cadê as autoridades?”
(Datena)

“Li uma crítica na embalagem do Toddynho dizendo que este livro é ótimo.”
(Daniela Albuquerque)

“Meu centenário podia passar sem esta homenagem do Duda. Mas tudo bem, deixa o cara, vai.”
(@anjopornografico100, em mensagem psicotuitada)

“Um livro para espiar à vontade.”
(Pedro Bial)

Mais informações sobre o livro e o lançamento aqui.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quem quer o livro do Duda Rangel?


O que: lançamento do livro “A vida de jornalista como ela é – o melhor do blog de Duda Rangel” em São Paulo.

Quem: por Duda Rangel, jornalista e blogueiro.

Quando: no dia 27 de outubro (sábado), das 18h30 às 22 horas.

Onde: Bar Barão da Itararé.
Rua Peixoto Gomide, 155, na Bela Vista, em São Paulo.
Estacionamento conveniado na Rua Frei Caneca, 720 (R$ 10,00).
Acesso fácil pelo Metrô: estações Trianon/Masp e Paulista.
Acesse o site do bar aqui.

Como: o livro será vendido no dia do lançamento por R$ 22,90, em cartões de crédito, débito e dinheiro. Não serão aceitos cheques.

Importante: após o lançamento, o livro será vendido apenas pela internet. As vendas começam na segunda-feira (29 de outubro) pelo mesmo valor (R$ 22,90), já incluindo o frete para todo o Brasil. Em breve, mais informações.

Por quê: oras, porque eu quero; porque eu vou poder guardar o melhor e o pior do blog do Duda num livro de 200 páginas, tudo organizadinho em capítulos temáticos; porque vai ser legal dar uma força para o Duda, afinal, o cara podia estar roubando, matando, mas está só pedindo para o povo comprar o livro dele; porque tá um preço bom (a biografia do Fiuk é bem mais tosca e custa 35 paus); porque jornalista, além de namorar jornalista, também gosta de comprar livro de jornalista; porque a mesa onde eu trabalho tá meio bamba e este livro vai dar um jeito; porque o livro não vai estar na lista dos mais vendidos da Veja e isso é ótimo; porque eu gosto de sentir cheiro de livro novo (dá o maior barato); porque eu vou poder rir nas minhas noites insones.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Avenida Brasil (versão para jornalistas) – último capítulo


Saiba o destino dos principais personagens da novela:

Nina resolve conciliar as carreiras de cozinheira e jornalista, ambas sem diploma, claro. Depois de passar a novela toda ouvindo atrás das portas, ela se especializa em matérias de denúncia e chega a ganhar o Prêmio Zé Bob de Jornalismo Investigativo.

Cansado de ser explorado por Diógenes, o assessor de imprensa Darkson decide montar sua própria agência de comunicação, tendo como principais clientes o Bar do Silas, Monalisa Coiffeur e o Crepão da Noêmia. Fica famoso ao criar o follow-up com megafone.

Carminha, a editora malvada, confessa que matou Max. De tanto fazê-lo trabalhar, cinco, seis pautas por dia. Todo dia. Acaba louca e é encaminhada a um hospício só com jornalistas. Reclama da superlotação do lugar.

Suelen, a repórter-piriguete, segue dando para as fontes em troca de informações exclusivas e vira uma colunista famosa em Brasília. Sua frustração foi nunca ter descolado uma puta matéria com Roni, que sempre preferiu dar o furo para Leandro, repórter da concorrência.

Ao encontrar uma caixa de Toddynho no lixo, Picolé, um dos estagiários de mãe Lucinda, percebe que nasceu mesmo para ser jornalista. Arruma um estágio digno, abandona Lucinda e bota a velha no pau, pela bolsa-auxílio que ela nunca pagou.

Proibido de frequentar as coletivas de imprensa, porque ninguém aguentava mais ouvir tanta pergunta idiota, Adauto descola um emprego na agência de Darkson. Mas ao escrever “rilis para a inprença” em vez de “release para a imprensa” é demitido.

Para não mofar em casa, Tufão, o repórter que sempre sabe das notícias por último, aceita um emprego de crítico literário no jornal de Santiago – o Albieri Daily. É clonado pelo patrão e passa a trabalhar por dois com salário de um. Mas nem desconfia da trapaça.

Ao descobrir que Patrícia Poeta está deixando a bancada do JN para ter um programa matutino só seu, Zezé candidata-se à vaga e é a escolhida. Suspira ao sentar-se ao lado do bonitão do Bonner e, após dizer “boa noite”, tem sua imagem congelada. FIM DA NOVELA.


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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Pequeno ensaio sobre as brochadas do jornalista


Todo jornalista já brochou. E não adianta dizer que isso nunca aconteceu com você, porque aconteceu, sim.

Uma brochada clássica é quando a matéria cai pouco antes do fechamento. Todas aquelas preliminares – apuração benfeita, cuidados com a língua (portuguesa), o outro lado –, mas a pauta já era. Porque o anúncio é sempre mais importante. Aí bate aquela sensação de fracasso, de ser um jornalista pela metade.

Para piorar, o editor coloca a mão no seu ombro e diz: “Tudo bem, acontece; na próxima vez, a pauta rola numa boa”. Piedade é algo ainda mais brochante para o brocha.

Existem muitas outras formas de um jornalista brochar. Chegar a uma boca-livre achando que só vai encontrar canapé de salmão com damasco e dar de cara com enroladinho de salsicha é muito deprê, não? E matéria institucional? Como se excitar ao acompanhar a sensacional visita do cônsul da Eslováquia à redação de seu jornal?

Tem também o jornalista que sonha fazer parte de uma grande cobertura internacional e então são divulgados os nomes de quem vai viajar e ele tem certeza que está na lista e o nome dele não está na lista. Todas aquelas aulas extras de inglês serviram pra quê?

E ver um erro feio de português ou de informação que você cometeu impresso no jornal? Quer impotência maior que essa? Querer corrigir o que não se pode mais corrigir. Só o tempo para curar.

Agora, o maior atentado contra o tesão de um jornalista é, sem dúvida, receber o contracheque no fim do mês. Brochada-mor, a brochada das brochadas! E não existe remedinho azul que dê jeito. É muito foda, ou melhor, não é foda. Sei lá o que é. Nessas horas o melhor é beber alguma coisa bem forte. E relaxar.


Mas o jornalismo também tem um lado excitante.
Releia: 20 formas de um jornalista sentir um orgasmo
 

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Lançamento do livro do Duda Rangel


Depois que Vera Fischer e Fiuk publicaram seus livros, a coisa virou uma questão de honra para mim. Demorou, eu sei, mas o livro deste blogueiro ficou pronto. Por sorte, antes do fim do mundo.

A vida de jornalista como ela é, uma homenagem ao grande Nelson Rodrigues, é o nome de batismo da versão impressa do blog “Desilusões perdidas”.

E anotem aí: o lançamento será no dia 27 de outubro (um sabadão), a partir das 18h30, no bar Barão da Itararé (Rua Peixoto Gomide, 155, na Bela Vista, em São Paulo).

Será um prazer danado conhecer meus caros leitores pessoalmente. Apareçam! Quem estiver de plantão já pode começar a pensar numa boa desculpa para matar o trabalho, ok? Eu sugiro uma virose brava. Sempre funciona.

A ideia é lançar o livro em outras freguesias. Quando tiver algo fechado, aviso!

Além da venda no dia do lançamento em Sampa, o livro será comercializado apenas pela internet. Em breve, divulgo informações sobre preço, início das vendas e como adquirir seu exemplar.

E posso garantir desde já: este livro tem tudo, tudo mesmo, para jamais figurar na lista dos mais vendidos do New York Times. Taí um ótimo motivo para você comprar o seu!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Fausto e a alma do bom jornalista


Fausto Matias, jornalista e blogueiro. Sua página, sobre cidadania, ética e um mundo menos injusto, traz informações exclusivas, denúncias, análises sérias. Um blog independente. Sem rabo preso com ninguém.

Cansados da imprensa tradicional deste País? Venham para o blog do Fausto, escreve aos leitores.

A audiência cresce lentamente. Embora tenha um público fiel, Fausto não é um blogueiro famosão. Adoraria alcançar mais gente, influenciar mais mentes.

E ganhar algum dinheiro com o blog.

Fausto tem contas a pagar. E tem uma ex-mulher para sustentar. E ex-mulher é sempre muito cara. E Fausto jamais acabará numa delegacia por causa de uma pensão, porque essa não é a conduta de um cidadão de bem.

No meio de um turbilhão financeiro, Fausto recebe um telefonema do senhor Mefistófeles Alcântara, dono de um portal. Ele elogia Fausto, sua credibilidade. Faz uma proposta: abrigar o blog em seu portal. Mais visibilidade e, principalmente, um salário.

– O meu diferencial é ser independente, senhor Mefistófeles.

– Mas quem disse que você perderá sua independência? Será tudo como antes. Teremos anunciantes em sua página, mas só anunciantes do bem, que não farão interferência no seu trabalho. E você ganhará dinheiro. Não há mal em ganhar dinheiro.

Fausto, lembrando-se da pensão da ex-mulher, aceita a proposta.

A audiência cresce cinco vezes, 20 vezes, 50 vezes. O pensamento de Fausto ganha relevância. Ele recebe dois prêmios e, o melhor, não perde sua liberdade. Troca o carro velho por um zero, menos poluente. Um carro do bem. Financia uma casinha.

Fausto é muito grato ao novo patrão.

Mas o senhor Mefistófeles só parece bonzinho. É danado e tinhoso. Começa, então, a cobrar a conta. Exige que Fausto publique uma notícia favorável a um amigo, acusado de promover trabalho escravo em empresas de seu grupo, no Pará.

– Me desculpe, senhor Mefistófeles, mas esse sujeito é picareta. Como falar bem dele?

– Mas é esse picareta que paga suas contas. Ou você acreditou nessa história de só anunciantes do bem? Velho e ainda ingênuo?

– E a minha liberdade?

– Não tá satisfeito com o salário e a fama? A vida é feita de trocas, meu caro.

Fausto se recusa a escrever a matéria positiva. Perde o emprego, perde o status, perde até o direito sobre o nome do blog que criou. Perde seu carro do bem.

Mas Fausto não perde o principal: a sua alma.


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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Casar ou comprar uma bicicleta?


Rádio ou TV? TV ou impresso? Impresso ou Internet? Redação ou assessoria? Esportes ou Política? Cultura ou Economia? Jornal diário ou revista mensal? Hard news ou qualidade de vida? Salário de fazer chorar ou salário de fazer rir para não chorar? Vida de repórter na rua ou vida na redação editando o texto alheio? Dizer que o cliente não pode atender a imprensa porque está em reunião ou porque está viajando? Entrevista por e-mail ou por telefone? Por telefone ou pessoalmente? Bloquinho ou gravador? Publicar ou não publicar? Ser especialista ou cobrir de tudo? Jogar na Mega-Sena toda semana ou só quando for prêmio acumulado? Mandar o chefe de reportagem que suspendeu a folga do fim de semana para a puta que pariu ou simplesmente à merda? Pedir aumento logo de cara ou contar antes que recebeu uma proposta da concorrência para tentar se valorizar? Começar do zero numa nova editoria ou seguir quietinho na sua? Fátima ou Poeta? Ficar sem dormir por causa do TCC ou passar a noite em claro por causa do TCC? Monografia ou livro-reportagem? Uma pós na Espanha ou mudar o corte de cabelo? Começar um curso de inglês pela 23ª vez ou desencanar de vez? Reativar o blog ou não reativar o blog? Até que a morte nos separe do Jornalismo ou até que um concurso público nos separe? Plantão no Natal ou no ano-novo? Viver cheio de dúvida ou ligar o botão do foda-se?


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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

10 coisas para o jornalista fazer antes do fim do mundo (21 de dezembro tá quase aí)


1. Dar um calote geral nas contas. Declarar moratória ao banco, ao próprio pai, ao amigo engenheiro rico e esnobe.

2. Promover festinhas diárias para celebrar o apocalipse. Afinal, se o mundo acabar em dezembro, não vai rolar plantão de fim de ano.

3. Fazer uma megamatéria de denúncia contra o maior anunciante do jornal. Sem temer as consequências.

4. Sentar na cadeira do diretor de redação, botar os pés sobre a mesa e soltar um “Querido, vai se foder. Pode ser?”.

5. Ir a todas as bocas-livres possíveis (e impossíveis).

6. Rir, rir muito, rolar no chão de tanta alegria quando perceber que os números do Ibope do seu programa não param de cair.

7. Dar um abraço sincero em um repórter de redação, se você for um assessor de imprensa. E vice-versa. Ok, não precisa ser sincero, pode ser um abraço falso mesmo.

8. Numa entrada ao vivo na TV, largar o microfone, fazer caretas para a câmera, levantar o dedo médio e dançar o Gangnam Style.

9. Se você ainda não tem, tirar rapidinho uma carteira da Fenaj. Vai que São Pedro resolve te barrar na porta do Paraíso.

10. Invadir o estúdio do Jornal Nacional, roubar o lugar do Bonner e dizer “Boa noite”.


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