quinta-feira, 29 de novembro de 2012

40 neuras clássicas do jornalista


1. Será que vai dar tempo de fechar a matéria?

2. Será que eu não me esqueci de fazer nenhuma pergunta?

3. Será que eu consigo um emprego quando me formar?

4. Será que o meu texto ficou bom?

5. Será que alguém me ouve às 5 da manhã na rádio?

6. Será que eu tô muito gorda no vídeo?

7. E o meu cabelo? Será que tá bonito?

8. Será que eu anotei certo o horário da coletiva?

9. Será que a porra do gravador gravou tudo direitinho?

10. Será que eu estou na lista dos demitidos?

11. Será que eu peço aumento?

12. Será que o meu namorado realmente lê as minhas matérias ou só diz que lê?

13. Será que o TCC vai ser foda?

14. Será que é isso mesmo que eu quero pra minha vida?

15. Será que o William Bonner também tem suas neuras?

16. Será que a minha mulher realmente dorme durante o meu pescoção?

17. Será que pega mal ligar pra casa da fonte no domingo de manhã?

18. Será que eu escrevi certo o sobrenome do entrevistado?

19. Será que a coletiva vai bombar?

20. Será que sai pelo menos uma notinha?

21. Será que eu sou um bosta só porque nunca ganhei um prêmio?

22. Será só imaginação? Será que nada vai acontecer?

23. Será que eu deveria bancar o intelectual?

24. Será que o problema é a editoria que é chata?

25. Será que eu cobro pela milésima vez o assessor?

26. Será que eu ainda me acostumo com este ritmo maluco?

27. Será que se eu divulgar as minhas matérias no Facebook vão me achar um marqueteiro exibido do caralho?

28. Será que eu tô pedindo muita grana por este frila?

29. Será que eu tô pedindo pouca grana por este frila?

30. Será que eu já tinha desligado o celular quando mandei o entrevistado à merda?

31. Será que tem muito será neste post?

32. Será que alguém vai perceber que eu já usei essa declaração numa matéria antiga?

33. Será que eu levo o meu notebook para a praia no domingo?

34. Será que eu vou desmaiar de fraqueza se ficar o dia inteiro sem almoçar?

35. Será que eu estudo jornalismo mesmo com a queda do diploma?

36. Será que a informação que eu peguei no Wikipedia é confiável?

37. Será que se eu aceitar o jabá vão me achar um vendido?

38. Porra, será que eu salvei o texto?

39. Será que os outros repórteres ouviram algo que eu não ouvi?

40. Será que eu sou um pouquinho neurótico?


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terça-feira, 27 de novembro de 2012

10 tabus da imprensa


1. O jornalista esportivo revelar seu time de coração.

2. Cobrir uma tragédia com lágrimas nos olhos.

3. Escrever palavrão numa matéria.

4. A imprensa denunciar a própria imprensa.

5. Ir além das pautas caretas.

6. Transar com a fonte.

7. Noticiar suicídios.

8. Inovar, fugir das velhas técnicas de linguagem.

9. A heterossexualidade nos cadernos de Cultura.

10. Fazer greve.


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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Breves histórias sobre a impaciência


– Porra, este plantão não acaba nunca?
– Como assim? O plantão começou agora.
– Pois é, mas tá muito demorado.

– Neste primeiro semestre, vamos estudar a Escola de Frankfurt.
– Mas, professor, a gente não vai fazer reportagem na rua?

– Muçarela se escreve com cê cedilha ou com dois esses?
– Sei lá, procura no dicionário.
– Ah, não tenho paciência com dicionário.
– Então escreve provolone que é a mesma coisa.

– É com muita tristeza que anuncio a morte de Oscar Niemeyer.
(dez minutos depois)
– Corrigindo a minha informação anterior, um pouco apressada: Oscar Niemeyer não morreu mais.

– Se essa coletiva não acabar em 5 minutos, eu juro que ataco as empadinhas.


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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

25 tons de jornalismo (o manual sadô-masô da imprensa)


Mordaça – para o jornalista ficar quietinho.

Venda nos olhos – para o jornalista ficar ceguinho.

Chicote – só fez quatro matérias hoje? Tá muito lerdo! (som de chicotada no lombo)

Dominação – faça o que eu estou mandando ou você perde o seu emprego.

Submissão – sim, senhor, é para escrever mal de quem?

Sadismo – você está na escala de plantão do carnaval. (gargalhadas)

Sadismo 2 – você vai ler este release cheio de erros, sim, e escrever uma nota bem bonita.

Sadismo 3 – quero que você vá cobrir o show do Restart.

Sadismo top – leia Veja. Indispensável.

Tortura psicológica – tá sabendo que o jornal vai fechar no mês que vem?

Humilhação – esse aqui é o seu contracheque, amor? Você não me contou que ganhava só isso.

Algemas – ah, a maldita falta de liberdade.

Dogplay – se você for um repórter obediente e for à minha coletiva, vai ganhar um presentinho.

Escravidão – mas, chefe, eu não folgo há três semanas.

Podolatria – o seu lead está no pé e não no abre da matéria. Dá para inverter isso?

Castigo – o texto não tá bom. Reescreva essa porra, por favor.

Fetiche – ter uma credencial (de couro) no pescoço.

Fetiche 2 – ter tempo livre.

Fetiche 3 – ter um emprego.

Jornalismo anal – No começo dói um pouco, mas depois a gente acostuma. Até gosta, sabe?

Máquinas medievais de tortura – a máquina de escrever que prendia a tecla, enroscava a fita.

Máquinas modernas de tortura – o computador de bosta que sempre dá pau quando não pode dar pau.

Masoquismo – pai, eu quero estudar jornalismo.

Masoquismo 2 – pai, eu vou me casar com um(a) jornalista.

Masoquismo 3 – Cobrir o show do Restart? Hoje à noite? Claro. Eu adoro Restart.

 
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Os 12 trabalhos de Hércules, o assessor


1º Trabalho – Atendeu a quatro contas de diferentes segmentos ao mesmo tempo, com a missão de não perder a sanidade mental.

2º Trabalho – Ficou horas e mais horas ao telefone fazendo follow-up com pauteiros que detestam assessores que fazem follow-up.

3º Trabalho – Acordou de madrugada ao longo de meses para fazer clipping de jornais e revistas. Lutou contra um sono desgraçado.

4º Trabalho – Suportou reuniões de briefing com os clientes mais chatos da agência.

5º Trabalho – Levou anos para emplacar um entrevistado que não tinha porra nenhuma de interessante para contar no programa do Jô.

6º Trabalho – Enfrentou um almoço com jornalistas arrogantes, para estreitar relacionamento.

7º Trabalho – Venceu a revolta de seu chefe ao justificar a presença de apenas dois jornalistas numa coletiva importante.

8º Trabalho – Convocou uma reunião de urgência com a imprensa para um cliente explicar um escândalo de corrupção sem explicação.

9º Trabalho – Precisou convencer um cliente da agência, um executivo folgado, a não exigir que o repórter o deixasse ler a matéria antes da publicação.

10º Trabalho – Teve de comprovar o sucesso de uma campanha de imprensa por meio de um banal relatório de centimetragem.

11º Trabalho – Suportou o ataque selvagem de jornalistas ávidos por jabás ao desfilar pela redação com uma sacola cheia de presentinhos.

12º Trabalho – Travou uma luta épica com um repórter que queria as respostas para 30 perguntas enviadas por e-mail em 15 minutos. Vá se foder, bradou. Pensa que assessor é herói da mitologia?

 
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Erro de concordância


Um erro bem comum na imprensa é o de concordância.

O editor não concorda em dar mais espaço para a matéria. Nem menos. Problema do repórter. Se vira, meu amigo. O motorista do carro do jornal não concorda em ir mais rápido para a pauta, afinal a cidade está cheia de radar de velocidade e quem é que vai pagar a multa depois, hein? O entrevistado não concorda com a pergunta. O entrevistado não concorda com os números apresentados pelo repórter. O entrevistado não concorda com mais isso e aquilo. O entrevistado não concorda com porra nenhuma! Fotógrafos não concordam com restrições à sua liberdade de trabalho e, mais, não concordam com restrições orçamentárias que afetam os almocinhos para a imprensa. O jornal impresso não concorda com o bullying que vem sofrendo nos últimos tempos. O deadline não concorda com o fato de vez ou outra eu ter meus bloqueios criativos. Jornalistas geralmente não concordam com a linha editorial dos jornais em que trabalham, mas quem é o mais forte aqui na história? Os namorados e as namoradas de outras profissões nunca concordam com os nossos plantões de domingo. O meu pobre estômago, tadinho, não concorda com minhas refeições regulares a cada seis ou sete horas, mas o que eu posso fazer? O texto bem-apurado, bem-escrito, aprofundado não concorda com o esquecimento a que foi condenado. Ninguém mais o procura, telefona, manda um e-mail. Jornalistas têm a mania de não concordar com nada, principalmente com os demais seres humanos deste planeta que ousam ter opiniões discordantes das suas.
 

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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Frases inesquecíveis do cinema para jornalistas


My name is Bonner, William Bonner – 007.

I see poor people – O Sexto Sentido.

Corra, Forrest, corra – Forrest Gump, o Contador de Histórias (a cinco minutos do fechamento).

Write it again, Sam (Reescreva esta porra, Sam) – Casablanca.

Bota na conta do foca – Tropa de Jornalistas de Elite.

Mim repórter de redação, você assessor de imprensa – Tarzan.

Que pauta! – O Bem-dotado Repórter de Itu.

Hasta la vista, baby – O Exterminador de Empregos 2.

Eles podem tirar nossa vida social, mas nunca poderão tirar nossa boca-livre – Coração de Repórter Valente.

Editor, we have a problem – Redação Apollo 13.

Notinha é o caralho, meu nome é matéria especial – Vaidade de Deus.

Buono plantone, principessa – A Vida de Jornalista é Bela?


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