quarta-feira, 29 de junho de 2011

A boa rabugice


Jornalista é assim. Carrancudo.
Faz motim, reclama de tudo.

Do sistema capitalista
Do mercado canibal
Do dono de jornal fascista
Do piso salarial.

Do anúncio que entra
Do texto que sai
Do trampo que aumenta
Da folga que cai.

Do release safado
Da pauta furada
Do prazo apertado
Da fonte enrolada.

Da falta de tempo
Da falta de paz
Da bosta de aumento
Do lead que faz.

De ser oprimido
Do jogo imundo
De ser agredido
Das merdas do mundo.


Leia também: Eu, ranzinza

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Separação


Nossa relação acabou há 2 meses, 14 dias, 7 horas e 18 minutos. Depois de quase 10 anos juntos. Não tem sido fácil, como nenhum fim de relação é. Ainda sofro, choro, mas, ao menos, nenhuma recaída. Morro de medo de recaídas. Meus pais, que sempre defenderam a separação, dizem que sou uma mulher jovem, cheia de talento e disposição e que logo encontro uma nova profissão. Deus queira que eles tenham razão. A coisa com o jornalismo foi louca, foi paixão, com direito a frio na barriga e noites insones. Achei que jamais viveria sem ele. Mas paixão não enche barriga, não paga as contas do mês, ensinou papai. O jornalismo é muito boêmio, sedutor. Está longe de ser bom pai de família.

Nossa relação acabou há 2 meses, 14 dias, 7 horas e 31 minutos. Hoje decidi que vou jogar fora os objetos que ainda me fazem lembrar dele: um bloquinho de anotações, uma caneta com o logo do último empregador e um gravador. Vai tudo para o rio. Quero que as águas fedidas levem meu passado para longe. O jornalismo foi meu primeiro e único amor. Me encantou ainda menina. Agora acabou. A vida segue. Mamãe até já meu apresentou um pretendente, o tal concurso para auditor da receita federal. Jura que é um partidão. O problema é que eu achei ele meio sem graça, mas, sei lá, preciso estar aberta aos novos amores. Chego ao rio. Não é um rio qualquer. É o rio-personagem da minha reportagem de estréia, o rio que num mês de janeiro distante transbordou com a chuva e alagou a avenida. Agora será o rio da despedida.

Nossa relação acabou há 2 meses, 14 dias, 7 horas e 34 minutos. Vejo uma movimentação estranha na ponte. Parece um carro de bombeiros. Sim, são bombeiros. Um cachorro vira-lata agitado. Me aproximo. Parece um salvamento. Alguém estava se afogando. Pergunto ao bombeiro quem estava se afogando. Ele aponta para o bebê no carro de resgate. Conta que alguém viu a mãe atirar o bebê da ponte. Caralho. Abro meu bloquinho de anotações. Pego a caneta. Eu pergunto quem é esse alguém que viu a mãe jogar o bebê da ponte e o bombeiro me diz que foi um mendigo, que pulou no rio para salvar o bebê. Eu anoto tudo. O mendigo salvou o bebê e desapareceu nas águas. E o cachorro do mendigo está na margem do rio. Que história! Pergunto mais isso, mais aquilo, tiro fotos com meu celular.

Demoro para me dar conta: estou tendo uma recaída. Ah, não, Deus, me ajuda, não me deixa ter uma recaída, não deixa esse jornalismo me seduzir de novo, por favor. Logo hoje, meu Deus, que eu iria completar dois meses e meio de separação?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Marchas e outras mobilizações da moda para o jornalista que adora tumultuar


Marcha da Redação com Deus pela Liberdade de Imprensa.

Ato de Resistência ao Novo Acordo Ortográfico (pelo direito de escrever idéia com acento).

Microfonaço (pelo direito de perguntar quando e a quem bem quiser).

Parada do Orgulho do Assessor de Imprensa.

Marcha pela Divulgação de Notícias Vagabundas (inspirada no movimento canadense SlutNewsWalk).

Marcha dos Motoristas de Carro de Reportagem pela Democratização da Boca-Livre.

Churrasco do Diploma Diferenciado (manifestação bem-humorada em defesa do diploma de jornalismo).

Marcha Nacional pela Máquina de Café na Redação.

Marcha da Maconha (liderada, enrolada e apertada pelos fotógrafos).

Twittaço pela Dignidade (com a divulgação da hashtag #SouJornalistaMasSouLimpinho).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Existem razões para acreditar


Baseado em um estudo sobre o mundo jornalístico atual, o blog Desilusões perdidas revela qual tipo de jornalista é maioria. Assista ao vídeo postado no YouTube aqui e descubra.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Enquete: você tem medo de quê?


A nova enquete do blog fala de medo, temor, pavor, pânico, fobia, cagaço. O que pode ser mais assustador para um jornalista? Tomar um furo? Se apaixonar pela profissão e sofrer? Olhar o saldo de sua conta bancária? Liberte-se de seus fantasmas e participe da votação na coluna à direita da página.

A enquete recém-encerrada – Qual o tipo mais chato de jornalista? – foi barbada. A alternativa “O que acha que sabe muito” venceu com 50% dos votos, bem à frente da segunda opção mais votada, “O que conta vantagem só porque deu um furo de merda”, com 18%. Enfim, para os leitores do blog, os colegas metidos a “fodões” são os mais insuportáveis. Um tipo que tem aos montes por aí.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Diploma, dois anos na marginalidade


Há dois anos o diploma de jornalismo perdeu o seu valor. Caiu na bebida, tentou o suicídio. Acabou na gaiola do passarinho. Agora, ele reaparece para esta entrevista polêmica e cheia de sensacionalismo, concedida com exclusividade ao blog Desilusões perdidas.


Como tem sido sua vida nesses últimos dois anos?

É difícil você ser valorizado por décadas e, de uma hora pra outra, descobrir que não serve mais. Se não for numa redação, onde eu vou trabalhar com dignidade? Vou confessar pra você que passei necessidade. Muito amigo sumiu, inclusive gente de sindicato.

O que faz para sobreviver?

Nem eu sei como sobrevivo, ainda mais com quatro bacuris lá em casa pra criar. Faço bico, de toalha plastificada de mesa, forro gaiola de passarinho. Mas é complicado. Você sabe o que é ficar todo sujo de bosta de calopsita?

Algum rancor do doutor Gilmar Mendes?

Como bom cidadão, eu respeito qualquer decisão da Justiça, mas não vou negar que esse filho-da-p### fod## a minha vida. Vamos falar a verdade. Meu amigo, se hoje estou na marginalidade, bebendo pra cara###, a culpa é desse filho-da-p###.

É verdade que você tentou o suicídio?

Num momento de muita fragilidade eu quase fiz uma bobagem, sim. Pensei em pegar uma tesoura e me picar todinho. Eu já tinha perdido quase toda a minha fé. Foi quando eu encontrei alguém muito especial, que está iluminando o meu caminho, alguém que eu já tenho no coração.

Você encontrou Jesus?

Não, não foi Jesus, eu encontrei o diploma de datilografia. Anos atrás, o cara ficou na pior pela mesma razão, a barra pesou pra ele. Mas aprendeu a lidar com o vazio existencial. E está me ensinando muita coisa bacana. Camarada mesmo.

Alguns grupos ambientalistas pedem a entidades de ensino superior do Brasil que comecem a emitir o diploma de jornalismo em papel semente para que o graduado possa plantá-lo tão logo se forme. O que acha dessa idéia?

Acho legal ser responsável com a natureza, mas não pro meu lado. Essa coisa de virar plantinha seria mais uma humilhação pra mim. Esses ambientalistas deviam se preocupar com assuntos mais importantes, como o peido da vaca.

Você tem acompanhado a sua PEC no Congresso?

Estou meio desanimado com essa minha PEC. Meu lobby no Congresso tá mais fraco do que carro 1.0 subindo a ladeira.

Como mudar isso?

Sem o apoio da mídia, é impossível ter alguma perspectiva boa. É por isso que eu agradeço muito a oportunidade desta entrevista. Tenho batalhado também alguma coisa com as produções da Sônia Abrão e da Luciana Gimenez. Se eu puder expor meu drama no Superpop, acredito que muita gente possa me ajudar.

Uma mensagem final, por favor.

O diploma de datilografia sempre me diz que nessa vida tem espaço pra todo mundo. Eu acho que eu ainda posso dar muito de mim para o jornalismo e peço aos jovens estudantes que não me abandonem. Tá cheio de diploma por aí pagando de bonitinho, outros se prostituindo por qualquer curso de dois anos, mas a minha proposta ainda é séria, tá certo? Isso é importante ficar claro. E... eu também queria... eu... bom, acho que é isso... desculpa, gente... eu prometi pra mim mesmo que não ia chorar, mas... Sério, gente, desculpa...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Cantigas juninas pro arraiá da redação


Cai, cai, textão
(versão de Cai, cai, balão)

Cai, cai, textão! Cai, cai, textão!
Adeus informação
Não vai dar! Não vai dar! Não vai dar!
Um anúncio tem que entrar.


Liga à pauteira
(versão de Pula a fogueira)

Liga à pauteira, Iaiá
Escreve à pauteira, Ioiô
Cuidado para não se ferrar
Olha que a pauteira não gosta de assessor.


O Bin Laden tá mortão
(versão de Capelinha de melão)

O Bin Laden tá mortão
Lá no Paquistão
É domingo, é de noite
É no meu plantão.

O editor me procurando
E eu com o cu na mão
Esperai, esperai
Vai embora, não.


O Ibope vai subindo
(versão de Um balão vai subindo ou Sonho de papel)

O Ibope vai subindo
Com desgraça da boa
O nível caindo
Tal peito de coroa
Mundo-cão, mundo-cão
Acende a audiência
Da televisão.


Pedro, Antônio e o furo bão
(versão de Pedro, Antônio e João)

Um furo pra lá de bão
Antônio ia publicar
Mas Pedro roubou a pauta
Na hora do Antônio apurar.


Chegou a hora verdadeira
(versão de Chegou a hora da fogueira)

Chegou a hora verdadeira
Início de profissão
Formado, com diploma avacalhado
Portfólio bagunçado
Mas com puta de um tesão.

Quando eu era estagiário
Em redação
Eu servia cafezinho
Para o meu patrão
E fazia umas notinhas
Que nem sempre entravam, não.


Isto é lá pra engenheiro
(versão de Isto é lá com Santo Antônio)

Eu pedi com emoção
Ao chefe de redação
Um emprego bem maneiro
O chefe disse que não
O chefe disse que não
Isto é lá pra engenheiro.

Eu pedi com emoção
Ao chefe de redação
Um emprego bem maneiro
Bem maneiro, bem maneiro (pã pã pã pã)
Isto é lá pra engenheiro.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Amar um jornalista é...


Em homenagem ao Dia dos Namorados, republico um post bem "romanticuzinho".



Amar um jornalista é...

Não se importar em passar o Natal sem ele, o carnaval sem ele, o aniversário sem ele.

Ficar acordada até as cinco esperando ele chegar do pescoção.

Empurrar o carro velho dele que sempre quebra de madrugada.

Suportar os amigos dele que não param de falar de jornalismo na mesa do bar.

Tolerar as reclamações de salário ruim, pauta ruim, editor ruim.

Acompanhá-lo em trabalhos free lance no sábado à noite ou domingo bem cedo.

Ler as matérias horríveis dele e dizer que ficaram ótimas.

Achar graça quando ele interrompe a transa para atender o pauteiro no celular.

Ouvir as histórias fantásticas da carreira dele quando vocês dois ficarem velhinhos sem dizer “querido, você já contou isso um milhão de vezes”.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Loucura em três atos


Ato 1 – Que dia perfeito

- A matéria já está pronta, editor. Que matéria, que manchete! Vou arrebentar!
- Ótimo, Luís. Já estamos fechando o jornal.
- Eu sou foda, editor!
- Você é foda, Luís Cláudio! O melhor repórter que eu já conheci.
- Que dia perfeito!
- Preparado para logo mais, para receber o prêmio?
- Claro que estou, editor. Não é sempre que se ganha um Esso, né? E melhor: minha mulher e meu filho estarão presentes.
- Parabéns, Luís, parabéns!


Ato 2 – Pra que tudo isso?

- Vamos, filho, já está em cima da hora. Seu pai não vai gostar se chegarmos atrasados para a premiação. Ele sempre sonhou com esse Esso.
- Mãe, eles não vão começar a premiação sem a gente.
- Corre, Júnior. Não quero deixar o seu pai esperando.
- Não quero colocar terno, mãe. Pra que tudo isso?
- Coloca o terno rápido. Seu pai vai ficar feliz de te ver de terno.


Ato 3 – O grande momento

- Oi, doutor, como o Luís está?
- Ele está muito bem hoje, dona Carmem. Nem precisamos entrar com a medicação mais pesada.
- Que bom, doutor. Então, pode dizer a ele que nós já chegamos.
- Se a senhora e o Júnior quiserem, podem ir para a sala aqui ao lado. Os enfermeiros já estão todos lá. São eles que vão participar da cerimônia de entrega do prêmio a seu marido.
- Vamos, sim, doutor.
- Dona Carmem, só mais uma coisa: a partir de agora, não sou mais o doutor, OK? Sou o editor.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A imprensa segundo G.H.


- Sente-se, seu Onofre, por favor. Dona Lurdes, dois cafés.

- Sim, senhor.

- Mas me diga, seu Onofre, em que posso ajudar? O senhor parece aporrinhado.

- E não é pra estar, seu Genival Herculano?

- Me chame de G.H., por favor.

- É sobre a notícia de minha pastelaria na edição da semana de seu jornal, seu G.H..

- Seu Onofre, acabo de voltar de viagem. Minha senhora quis ir pra Miami. Como aquela lá adora ter contato com uma nova cultura e, claro, fazer umas comprinhas. Nem acompanhei direito a nossa última edição.

- O seu jornal publicou uma nota dizendo que um cliente mastigou uma barata em um de meus pastéis.

- Não acredito, seu Onofre!

- Pois foi verdade, seu G.H..

- A barata?

- Não, a nota. A barata também... mas era uma barata miudinha. Não era pra tanto estardalhaço, entende?

- Não foi nenhuma baratona, cascuda, voadora.

- Longe disso, seu G.H..

- Entendo.

- Meu filho, que é metido com essas coisas de internet, me contou que a pastelaria virou até piada no Tuide, Tuite, sei lá.

- Seu Onofre, isso com certeza foi coisa do Clayton Júnior. O menino é bom repórter, mas tem mania de achar que jornalismo é denúncia, investigação. Já falei pra ele que aqui na cidade não podemos nos indispor com os amigos, com o prefeito Paulão, os comerciantes...

- A pastelaria tem anúncio de página inteira toda semana no seu jornal. Não é justo, o senhor sabe.

- Claro que não, seu Onofre. Mas o erro será reparado.

- Como?

- Pra semana que vem, vamos fazer uma matéria de capa com sua pastelaria. Haverá um grande pastelaço na cidade! O que o senhor acha? Eu mesmo vou aparecer numa foto comendo o seu pastel. Vamos mostrar que a barata não passou de um mal-entendido!

- Isso parece muito bom, seu G.H..

- Isso é ótimo. E peça pra seu filho divulgar o pastelaço no Twitter!

- O senhor é um grande homem da comunicação, seu Genival.

- G.H., por favor!

- G.H.!

- E tome logo esse café, seu Onofre, porque está esfriando. O senhor prefere açúcar ou adoçante?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Vai que vai


Repórter vai pra onde vai a sua curiosidade.

Ou pra onde o chefe manda mesmo.

Vai pra delegacia. Vai pra guerra no morro. Vai pra guerra no campo. Vai pra enchente. Vai pra hospital. Vai pra velório. Vai pra enterro. Vai pra protesto na rua. Vai pro Congresso. Vai pro fim do mundo, pra onde Judas perdeu as pautas.

Mas vai.

Vai de carro da reportagem. Vai de avião. Vai de táxi. Vai de busão. Vai com pressa. Vai com a língua de fora. Vai com a orelha de pé. Vai pela sombra. Vai pelo sol. Vai pela chuva. Vai ao cair da noite. Vai ao cair da cama. Vai com remela nos olhos.

Mas vai.

Vai com bloquinho. Vai com gravador. Vai com máquina fotográfica. Vai com Bic quase seca. Vai com perguntas na cabeça. Vai sem nada na cabeça. Vai com o coração na boca. Vai com o cu na mão.

Mas vai.

Vai com frio. Vai com calor. Vai com sede. Vai com vontade de mijar. Vai com vontade de cagar. Vai sem vontade nenhuma. Vai de barriga vazia. Vai de saco cheio. Vai reclamando. Vai molengando. Vai aos trancos. Vai aos barrancos.

Repórter vai que vai.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dia da imprensa


Balzac, escritor francês e inspiração para o nome deste blog, disse que “se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la”. Eu sempre me encantei com esse quê desencantado do velho Balza, mas acho a tal frase meio radical. Tudo bem que, se a imprensa não existisse, o Zeca Camargo teria sido apenas um exímio dançarino do ventre, o que seria ótimo, mas não posso resumir a questão ao Zeca. A imprensa tem muita coisa boa também.

E se a imprensa realmente não existisse?

Quem denunciaria as contas secretas, as maracutaias, os dólares na cueca? O novo CD da Preta Gil, que perigo, chegaria às lojas imune de críticas. Não haveria os bares de jornalista e as filosofias de botequim de jornalista. Quem avisaria sobre as greves de trem, as ruas congestionadas e as chuvas de fim de tarde? A arte da investigação não teria conhecido o talento de Zé Bob. Pescoção seria apenas o cidadão interessado em olhar o decote da moça ao lado. A liberdade de expressão não teria tanto valor. O Nelson Rodrigues teria sido... o que o Nelson Rodrigues teria sido? Talvez médico? Ginecologista? Meu Deus! Não existiria o blog “Desilusões perdidas” para falar mal (e às vezes bem) da profissão. Jamais teríamos conhecido as histórias do bebê-diabo do ABC e do homem que torrou o pênis na tomada divulgadas pelo saudoso Notícias Populares. O Pedro Bial teria, muito provavelmente, dedicado toda a sua carreira a reality shows. Não haveria o caderno de Esportes da segunda-feira para a gente ler os elogios à vitória do nosso time. Eu jamais teria acordado com o Jornal da Manhã da Jovem Pan. Repita: eu jamais teria acordado com o Jornal da Manhã da Jovem Pan. Os fotógrafos só sobreviveriam com casamentos, batizados e festas de debutante. O furo seria apenas um orifício qualquer.


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