A gente se desilude com a profissão, com o amor, com o time do coração, com o governo, com a vida. Desilusão é algo inerente ao ser humano, assim como a vontade de falar mal do Big Brother. A desilusão machuca, porque é atrito entre os nossos sonhos mais lindos com o mundo mais perfeito e a realidade dura.
Antes, eu botava a culpa em Deus. Custava ter criado um mundo perfeito? É o que dá fazer tudo nas coxas, em seis dias. Meta de produtividade e deadline são coisas do capeta. Deus poderia ter levado, sei lá, uns dois ou três meses, com direito a descansar sábados, domingos e, com sorte, algum feriado prolongado.
Não, a culpa não é d’O Apressadinho. A graça da vida e do mundo é justamente a imperfeição. A desilusão, assim como a perda e a dor, suas primas de primeiro grau, pode significar um recomeço, a chance de uma reconciliação.
Há cinco anos, escrevo sobre desilusões e reconciliações da vida de jornalista. Com bom humor. Fico feliz quando alguém manda uma mensagem dizendo que texto ou outro lhe deixou com um sorriso no canto da boca. Rir do que é ou está desajustado é terapêutico.
A partir de hoje, começarei a escrever também sobre outras pedras em outros caminhos. Sobre outras desilusões risíveis, de gente variada, inclusive jornalistas. E, claro, seguirei escrevendo sobre o Jornalismo, com quem tenho uma ligação quase sexual.
Se Deus tivesse buscado a perfeição, ainda que na correria dos seis dias, não haveria as merdas do mundo e sem as merdas do mundo não haveria o riso. E tudo seria muito chato.
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014
4 comentários:
- Amanda Tracera disse...
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Incrível.
- 28 de janeiro de 2014 às 13:56
- Duda Rangel disse...
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Oi, Amanda, valeu.
- 29 de janeiro de 2014 às 00:03
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Ah, Duda! omo sempre, deixando aquela ansiedade pelo próximo post. Porque só quem vive essa história de amor, ódio, desavenças e paixão intensa pelo jornalismo, consegue descrever tão bem nossos sentimentos e ferradas com uma realidade divertida, nos fazendo rir dos próprios tropeços.
Nota de rodapé: Pô Duda! Caprichou, mas ler um texto desse em dia de tpm, logo após um voador dos últimos freelas e ressaca é covardia, quase abracei o porteiro! - 30 de janeiro de 2014 às 00:05
- Duda Rangel disse...
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Obrigado pelas palavras, Danielle. E força para sair dessa ressaca. Beijos.
- 3 de fevereiro de 2014 às 17:30
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