segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Eu quero ser correspondente em Roma
É claro que não dá para pagar a viagem de uma equipe para a Venezuela só para cobrir uma “invasãozinha boba”, mas, aqui entre nós, cobrir da Argentina é muito esquisito também.
Às vezes, eu acho que vida de correspondente internacional está muito fácil hoje em dia. O bicho pega na Faixa de Gaza ou no Paquistão e a cobertura é feita tranqüilamente de Londres ou de Nova York. Tudo na maior paz. E, naturalmente, com a ajuda da Reuters e da internet. O repórter faz aquela passagem básica em frente a algum cartão postal da cidade e já está livre para pegar um cineminha ou um teatro.
Mas a coisa mais bizarra do mundo dos correspondentes internacionais é, sem dúvida, a loira da Globo que fica em Roma, mais precisamente a “setorista do Papa”. Esse é o emprego que eu pedi a Deus. Ah, se o Cara fosse meu amigo e rolasse um Q.I.. Morar numa puta cidade legal e ter uma rotina mais do que light. Eu só me lembro de a loira ter ralado um pouquinho quando o último Papa morreu e o novo assumiu. Passadas a agitação e aquela história da fumaça, ela deve ter respirado aliviada. Tudo voltou ao normal, um bom restaurante, um bom vinho...
8 comentários:
- The Ideas of a Vintage Doll disse...
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Mas imagina só o tédio??? Eu hein!
- 10 de agosto de 2009 às 11:54
- Margarete disse...
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"Passadas a agitação e aquela história da fumaça," HAHAHA
- 10 de agosto de 2009 às 18:03
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ai Duda, como a mulher ralo com a morte do Papa -,-
e vc gostaria de ser correspndente na Faixa de Gaza?com flesh ao Vivo de lá? heheheh - 10 de agosto de 2009 às 18:34
- Erickblog disse...
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Setorista do Papa é ótimo! Como sempre você nos brinda com seu fino humor. No dia que eu for a São Paulo vou fazer questão de tomar uma cerveja contigo.
Realmente, aquela loira está a um bom tempo na Itália e só manda notícia do Papa - como se nada mais acontecesse na Itália. Não tem máfia, não tem imigração ilegal, a política é exemplar, não tem desemprego.
Cobrir conflito na Faixa de Gaza ou falar de guerra civil num desses países africanos a quilômetros de distância - de Nova York ou Europa - parece realmente ser o emprego dos sonhos.
Não sei se é apenas impressão mas parece que alguns desses correspondentes nem chegou a pegar uma "pauleira" diária de redação. Parece que alguns são agraciados com essa benção. Muitos serão chamados, poucos os escolhidos, como aquela máxima da Biblia.
Será que a Patríca Poeta e o Rodrigo Alvarez poderiam dar alguma resposta sobre isso? Ah, deixa para lá... - 11 de agosto de 2009 às 14:52
- Ewerton Martins disse...
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É verdade... se não é para cobrir do local, por que cobrir de outro país? Isso, para mim, é enganar o espectador.
- 11 de agosto de 2009 às 17:00
- Duda Rangel disse...
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Caros, obrigado pelas manifestações. Acho que até curtiria ser correspondente em Gaza ou no Paquistão por um tempo. Lá não tem tédio, o negócio bomba todo dia (que piadinha mais infame). Beijos e abraços a todos!
- 12 de agosto de 2009 às 10:06
- Giovana disse...
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Bom, já que sou mulher e que todos aqui já comentataram um pouquinho de tudo sobre a loira, que tal dizer que estamos enjoados daquele cabelo hipiie anos 70?
- 12 de agosto de 2009 às 22:33
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Concordo com voce. O emprego como o da loira também queria. Bem que tentei ser correspondente da Globo em Paris mas não tive pistolão suficiente. Cobrir a Venezuela da Argentina é piada, eu também posso fazer, todo mundo pode fazer.
- 18 de setembro de 2009 às 20:03