terça-feira, 12 de novembro de 2013
O Rei do Camarote agregou valor ao jornalismo
Um repórter suplicando “acredite em mim, meu amor, e não no batom que estão inventando para a minha cueca” é algo muito mais sério do que simplesmente saber se Alexander de Almeida é um boçal real ou um boçal fake.
Ok, assim como a minha ex-mulher, a imprensa nunca foi 100% honesta, mas ao menos parecia honesta. Parece que nem parecer ela parece mais.
Apesar do meu “fodeu de vez” e do quê de desalento do início deste texto, a discussão toda que rolou em torno da verdade ou não da história foi ótima.
Se antes a grande imprensa era a dona de uma verdade absoluta, hoje a pluralidade de informações, contrainformações, subversões e opiniões deixou tudo muito relativo.
E tudo muito maluco também. E a bagunça que virou a circulação da informação nos obriga a pensar e questionar cada vez mais.
O que é verdade, afinal? E o que não é? Em quem confiar?
O jornalista sempre teve o dever de ser um sujeito desconfiado. Agora esta missão é de todo mundo que consome informação.
É claro que muito leitor acostumado à passividade vai achar que desconfiar dá um trabalhão danado, que ainda é melhor uma verdade mastigada. Tenho mesmo que me importar com cuecas e seus batons?
Mas outros tantos vão despertar. E este despertar é urgente.
Mesmo sem querer, a Vejinha, o repórter cheio de explicações e seu rei boçal (real ou não) ajudaram a agregar valor ao jornalismo.
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5 comentários:
- Zé ninguém disse...
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o melhor texto do teu blog... Tenho tido a mesma impressão também, e ela me deixa feliz mas ao mesmo tempo me amedronta... O fato é q a profissão de jornalista vai ficar cada vez mais necessaria... Averiguar a verdade vai fazer parte da profissão, no entanto, cada leitor bem informado vai dar suas certezas, e vai ter a liberdade as midias o dão pra divulga-las, e talvez a verdade fique cada vez mais distante nesse processo...
- 14 de novembro de 2013 às 20:40
- Amabile disse...
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No mínimo nos faz pensar na qualidade do conteúdo e sempre tomar cuidados, caso seja necessário provar a inocência.
- 15 de novembro de 2013 às 18:42
- Duda Rangel disse...
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Pólvora e Amabile, muito obrigado pelas mensagens, pelas observações. Abraços.
- 17 de novembro de 2013 às 19:49
- olharesdoavesso disse...
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muito bem interpretado. Com tanto hoax por aí, não ser desconfiado e argumentar sem ter argumento, é ser jornalista ciclope - que enxerga mal e acaba devorando a rasa e única informação encontrada.
- 19 de novembro de 2013 às 14:14
- Duda Rangel disse...
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Valeu, Rafael.
- 22 de novembro de 2013 às 22:13