segunda-feira, 22 de junho de 2009

Domingo eu quero ver o domingo acabar


9:27: Acordo e noto que a mulher que dormiu comigo (como se chamava mesmo?) não está mais em meu apê. Checo se não tive os rins subtraídos de meu corpo. Tudo normal. Alívio.

9:30: Vejo a foto do Nestor no porta-retratos ao lado de minha cama. Era o meu fim de semana com ele, mas a ex viajou e levou o pobrezinho junto. O juiz saberá disso.

10:15: Café da manhã na padoca. O pedido de sempre: pão na chapa e um pingado.

10:53: Compro jornais do dia na banca e sigo de volta ao meu apê.

11:15: Deitado no sofá, descubro novos atos secretos, novas fraudes e novas picaretagens em geral no Senado: e eu fazendo mau juízo do Irã.

12:00: Um amigo me telefona, conversamos um monte de besteira. Ele me lembra que a Telefônica está proibida de vender o Speedy. Morremos de rir.

13:30: Esquento, no microondas, um resto de lasanha perdido na geladeira há uns três ou quatro dias. Rezo para que o rango não me faça mal.

14:00: Queria ir ao cinema, gastando pouco naturalmente (algo como um ciclo de filmes poloneses a R$ 2 o ingresso), mas estou indisposto. Decido ficar em casa. Procuro um sal de fruta Eno.

15:10: Corro ao banheiro desesperadamente. Lasanha maldita.

15:12: Sentado no trono, jogo sudoku em meu celular, para aliviar a tensão.

15:30: Bem, amigos da Rede Globo! Me preparo para assistir a Brasil versus Itália em todas as suas emoções, grande clássico do futebol mundial.

15:40: Zzzzzzzzzzzzzzzzz...

18:00: Acordo assustado. Perdi o jogo. O Brasil já não me empolga mais. Caraca, como a camisa do Faustão é feia!

18:12: Corro para o banheiro. Nunca mais como resto de lasanha perdido há uns três ou quatro dias na geladeira.

18:14: Sentado no trono, lembro o nome da mulher que poderia ter roubado os meus rins: Rita, dona de uma loja de roupas íntimas num shopping. Ou será que ela era vendedora?

19:00: Vejo o meu diploma de jornalista pendurado na parede do quarto: descanse em paz, meu amigo.

19:15: Tomo três comprimidos de Floratil 200 de uma única vez para tentar salvar minha noite. Reboco até a alma.

20:25: Não estou com saco de ler livros hoje. Checo os e-mails.

21:30: Vejo o reality show A Fazenda: quem é Theo Becker?

22:00: Desligo a TV e fico ouvindo música, de bobeira. Faço um monte de reflexões e decido que preciso me alimentar melhor. Vou começar a cozinhar, afinal jornalistas devem saber cozinhar. Tomo um banho.

23:56: Deitado em minha cama, tento dormir, mas não consigo. Lembrei: Rita, a que não roubou os meus rins, é a vendedora de Herba Life. Quem é a mulher do shopping mesmo?

4 comentários:

Flávia Romanelli disse...

Tive a mesma reação quando o jogo acabou com a camisa do Faustão. Quem faz o figurino desse cara?!?!

Fernando disse...

Tem gente cantando pra mim, que sou jornalista: "você não vale nada, mas eu gosto de você..."

Unknown disse...

puxa que domingo!
rs...
abraço
Priscila Lima

The Ideas of a Vintage Doll disse...

Vendedora de Herbalife??? Tá precisando de um target melhor...