Ter uma cara de pau elevada à enésima potência.
Festejar a notinha do colunista famosão como se fosse um furo de reportagem.
Viver explicando pro povo de redação que assessor também é jornalista.
Viver explicando pro povo de relações públicas que jornalista também é assessor.
Saber vender seu peixe. Quer levar, não, freguesia? Pauta fresquinha.
Ouvir do assessorado desinteressante o pedido de uma entrevista pro Jô, e pensar “tô fodido”.
Ralar como qualquer jornalista, mas levar fama de vida boa.
Montar sua própria agência acreditando que vai, enfim, ficar rico.
Buscar o difícil equilíbrio entre o interesse do assessorado e o do repórter.
Buscar o difícil equilíbrio entre o ego do assessorado e o do repórter.
Responder 20 perguntas por e-mail pra ontem, por favor, e não esquece uma foto em alta resolução, tipo 300 dpi, pode ser?
Lidar com assessorado que não tem a menor noção de como funciona a imprensa.
Apagar incêndios quando o assessorado faz alguma merda.
Ser criativo para produzir press kits maneiros por um custo baixo.
Organizar coletiva e rezar pra tudo que é santo pra não chover.
Ir a almoços chatérrimos de “fortalecimento de relações”.
Planejar, pensar pautas originais, ter bons contatos na imprensa, texto bom. Mais alguma coisa?
Usar expressões chiques, como “ativo de imagem”.
Distribuir presentinhos e não ser o Papai Noel.
Explicar o tempo todo aos leigos o que um assessor de imprensa faz. E ter a certeza de que ninguém vai entender.
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Ser assessor de imprensa é...
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Redação
2 comentários:
- Elisângela Santos disse...
-
Poesia e realidade EM ESTADO PURO! :-)
- 3 de dezembro de 2013 às 12:29
- Duda Rangel disse...
-
Obrigado, querida Elisângela.
- 15 de dezembro de 2013 às 20:04
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