Mostrando postagens com marcador presente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador presente. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O presente de Natal certo para cada tipo de jornalista


Para o jornalista que não terá férias em janeiro: o livro “Como descolar pautas bacanas num período em que porra nenhuma acontece”.

Para o jornalista metido a intelectual: assinatura da revista New Yorker para ele deixar sobre a mesa de trabalho. Ele não sabe Inglês? Tudo bem. É só para deixar sobre a mesa.

Para um jornalista chato que você tá bem a fim de sacanear: livro do Gabriel Chalita. Qualquer um tá valendo. Se achar aquele em que ele troca cartas com o padre, ótimo.

Para o jornalista que sempre perde o bloquinho de anotações: um moderno bloquinho com rastreador e sinal sonoro que repete “atenção, este bloquinho está sendo perdido”.

Para o jornalista que não entende a própria letra no bloquinho: curso de caligrafia a distância do IUB, com método que vai de entrevistas rápidas a convites de casamento.

Para o jornalista obcecado por furos: uma cesta de queijos do tipo Emmental.

Para a jornalista cheia de glamour da editoria “Geral”: um kit bem brega com botas de borracha e capa de chuva, afinal o verão tá aí, e enchente não é nada fashion, bebê.

Para um jornalista sem diploma: porta-retratos com uma foto sua levantando o troféu de campeão da Copa Jürgen Habermas de Truco Universitário. Só para fazer inveja.

Para o bom assessor de imprensa (no crees en asesores de prensa buenos, pero que los hay, los hay): um almoço em sua casa, para retribuir todas as bocas-livres que ele lhe proporcionou ao longo do ano.

Para o foca que acha que já sabe tudo: uns tapas na orelha para ele ficar esperto.

Para o jornalista que padece de insônia: a indicação do blog do Duda Rangel. Se é para ficar a noite toda de bobeira, aproveita então para ler os textos do pobre coitado.

Para o jornalista que adora ser a notícia: capa fake da Caras com a foto dele, claro, e a chamada: “Fulano de tal abre sua casa em Búzios e fala dos novos projetos jornalísticos”.

Para uma apresentadora global desempregada: um programa matinal em 2012.

Para o jornalista que não consegue um aumento de salário decente: um mês com apenas 15 dias. Se encontrar um com 10, melhor ainda. Presentaço de Natal.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Adote um jornalista carente neste Natal


Um post cheio de espírito natalino para relembrar. Escolha uma cartinha, dê o presente e faça um jornalista feliz.

“Estar desempregado não afeta apenas a auto-estima de um jornalista. Afeta o seu estômago. Vocês não imaginam o que é comer todo dia o marmitex de cinco reais do bar do Sassá, na Vila Buarque. Como fica a dignidade do ser humano? Logo eu, um cara acostumado ao bem-bom das coletivas de imprensa. São dois anos longe de um canapezinho de atum com damasco, de um carpaccio de salmão. Mas o que eu queria ganhar mesmo neste Natal é o meu prato favorito: filé mignon ao molho madeira com batatas prussianas. Eu só peço a refeição, mas se rolar também um presentinho-surpresa eu ficaria ainda mais feliz.”
Ricardo Macedo

“Eu acabei de me formar e ainda não consegui um emprego. Eu podia estar jogando videogame, podia estar assistindo àqueles videozinhos de stand-up comedy no YouTube, mas prefiro pedir uma chance de trabalho. Aceito qualquer coisa, por qualquer salário. Se for o caso, trabalho até de graça. Sei que é difícil apostar num jovem com um currículo de uma página e ainda assim em Arial 16. Para não dizer que não tenho experiência alguma com técnicas de apuração jornalística, eu gosto muito de monitorar as frases dos famosos no Twitter. Lá, vocês sabem, é sempre possível encontrar grandes furos.”
Bruno Felipe de Oliveira

“A maior frustração da minha vida é nunca ter recebido um prêmio jornalístico. Até hoje, só consegui um troféu mixuruco de terceiro lugar no concurso de poesia na 5ª série. Prêmio faz o jornalista se sentir mais importante. Umas amigas já ganharam. Eu perdi as contas de quantas vezes já reescrevi o meu discurso de agradecimento nesses últimos 15 anos. Eu gostaria muito neste Natal que alguma grande empresa, tipo uma multinacional, se sensibilizasse com a minha história e criasse um prêmio jornalístico exclusivo para mim. Tenho até um espaço reservado na estante da minha sala, ao lado do troféu de poesia da 5ª série.”
Cássia Monteiro

“Fim de ano e o Retiro dos Jornalistas fica cheio. As pessoas só lembram da gente no Natal. No resto dos dias é um esquecimento só. Mas, tudo bem, já é alguma coisa. O que eu queria receber de presente é algo um pouco complicado, eu sei. Queria alguém para me ouvir. Hoje, é tão complicado encontrar alguém para nos ouvir. E eu tenho tanta história para contar. Era eu quem redigia as receitas de bolo para publicar no jornal quando o pessoal da censura baixava na redação. Um dia esqueci de colocar a farinha na lista dos ingredientes. Já viram bolo sem farinha? E as figuras que eu já entrevistei? Teve uma mulher que jurava ser a reencarnação da Nossa Senhora. Dá para acreditar? Reencarnação de Nossa Senhora?”
Marcos Saldanha


Já comprou o livro do Duda Rangel? Conheça a loja aqui, curta, compartilhe. Frete grátis para todo o Brasil.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Adote um jornalista carente neste Natal


Escolha uma cartinha, dê o presente e faça um jornalista feliz.

“Estar desempregado não afeta apenas a auto-estima de um jornalista. Afeta também o seu estômago. Vocês não imaginam o que é comer todo dia o marmitex de três reais do bar do Sassá, lá na Vila Buarque. Como fica a dignidade do ser humano? Logo eu, um cara sempre acostumado ao bem-bom das coletivas de imprensa. São dois anos longe de um canapezinho de atum com damasco, de um carpaccio de salmão. Mas o que eu queria ganhar mesmo neste Natal é o meu prato favorito: filé mignon ao molho madeira com batatas prussianas. Estou até derrubando saliva no papel desta carta. Eu só peço a refeição, mas se rolar também um presentinho-surpresa eu ficaria ainda mais feliz.”
Ricardo Macedo

“Eu acabei de me formar e ainda não consegui um emprego. Eu podia estar jogando videogame, podia estar assistindo àqueles videozinhos de stand-up comedy no YouTube, mas eu prefiro pedir uma oportunidade de trabalho. Eu aceito qualquer coisa, por qualquer salário. Se for o caso, trabalho até de graça. Eu sei que é difícil apostar num jovem com um currículo de uma página só e ainda assim com Arial 16. Para não dizer que não tenho experiência alguma com técnicas de apuração jornalística, eu gosto muito de monitorar as frases de gente famosa no Twitter. Lá, vocês sabem, é sempre possível encontrar declarações bombásticas e grandes furos.”
Bruno Felipe de Oliveira

“A grande frustração da minha vida é nunca ter recebido um prêmio jornalístico. Aliás, tirando a medalha de menção honrosa no concurso de poesia na 5ª série, nunca ganhei nada. E um monte de amiga minha já ganhou prêmio. Prêmio faz bem para o jornalista, faz a gente se sentir mais importante. Eu perdi as contas de quantas vezes eu já reescrevi o meu discurso de agradecimento nesses últimos 15 anos. Eu gostaria muito neste Natal que alguma grande empresa, tipo uma multinacional, se sensibilizasse com a minha história e criasse um prêmio jornalístico exclusivo para mim. Tenho até um espaço reservado para o troféu na estante da minha sala, ao lado da medalha do concurso de poesia.”
Cássia Monteiro

“Fim de ano e o Retiro dos Jornalistas fica cheio. As pessoas só lembram da gente no Natal. No resto dos dias é um esquecimento só. Mas, tudo bem, vir no Natal já é alguma coisa. O que eu queria receber de presente é algo um pouco complicado, eu sei. Queria alguém para me ouvir. Hoje, é tão complicado encontrar alguém para nos ouvir. E eu tenho tanta história para contar. Era eu quem redigia as receitas de bolo para publicar no jornal quando o pessoal da censura baixava na redação. Um dia esqueci de colocar a farinha na lista dos ingredientes. Já viram bolo sem farinha? E as figuras que eu já entrevistei? Teve o cara que tentou se suicidar umas 10 vezes e fracassou em todas. E a mulher que jurava que era a reencarnação da Nossa Senhora? Dá para acreditar? Reencarnação da Nossa Senhora!”
Marcos Saldanha

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mimos natalinos


O jornalista não se contenta apenas com o jabá natalino básico que chega todo ano às redações – panetone e espumante. Ele quer sempre mais. Dê uma refeição a um jornalista e ele se tornará seu amigo. Dê um presente e ele se tornará seu melhor amigo!

E como livro é sempre uma ótima pedida aos que amam ler, caso dos jornalistas (será mesmo?), a enquete que acaba de entrar no ar quer saber qual o melhor livro-presente para um jornalista neste Natal. Vote na coluna à direita do blog! Mas não se esqueça: o jornalista merece carinho e atenção durante todo o ano. Não adianta lembrar dele apenas no Natal.

A pesquisa que chegou ao fim – O que você achou da cobertura da imprensa nas eleições 2010? – teve como vencedora a alternativa “Os debates foram sacais. Só salvou o Plínio”, com 38% dos votos, seguida bem de perto pela opção “Odiei. As preferências partidárias de alguns veículos me enojaram”, com 34%. Os que "adoraram" ou "gostaram" somaram apenas 6%. A imprensa não engana os jornalistas.